O custo da cesta básica de Campo Grande aumentou 7,2% em fevereiro, elevando o valor dos itens básicos para R$ 748,20. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e colocam Campo Grande com a 5ª cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas.

Os dados de fevereiro, divulgados nesta quinta-feira (7), mostram que a banana teve a maior alta de preço entre os itens da cesta básica. A fruta ficou 16% mais cara em fevereiro, seguindo tendência de alta no trimestre. O feijão carioquinha (2,47%) e a farinha de trigo (0,81%) também ficaram mais caros.

A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital foi de 116 horas e 35 minutos, e o comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica alcançou 57,29%.

Em fevereiro de 2023, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 59,78%, sendo necessárias 121 horas e 39 minutos de trabalho para comprar o conjunto de 13 itens de alimentação.

Salário mínimo ideal em R$ 6,9 mil

Em fevereiro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.996,36 ou 4,95 vezes o mínimo reajustado para R$ 1.412. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 6.723,41, e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.547,58 ou 5,03 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302.

O valor considera a cesta básica mais cara do país, que em fevereiro foi a do Rio de Janeiro, e a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.