O volume de serviços no país, que havia registrado uma queda de 0,4% em maio, voltou a crescer em junho. Assim, o setor teve uma expansão de 1,7%, a maior desde dezembro de 2022, quando avançou 2,7%. Consequentemente, o volume de serviços atingiu um recorde, 0,5% acima do pico anterior de dezembro de 2022. Esses dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada hoje (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica).

Em junho, o volume de serviços estava 14,3% acima do nível pré-pandemia (2020) e apresentou um crescimento de 1,3% em relação a junho de 2023. Além disso, no acumulado do primeiro semestre de 2024, o setor teve uma alta de 1,6% comparado ao mesmo período do ano anterior. No entanto, nos últimos 12 meses, o setor mostrou uma desaceleração, passando de um crescimento de 1,2% em maio para 1,0% em junho.

O setor de transportes, por sua vez, se destacou com uma expansão de 1,8%, recuperando a perda de 1,5% observada em maio. Paralelamente, o setor de informação e comunicação também apresentou um desempenho positivo, com crescimento de 2,0% após um recuo de 1,1% no mês anterior. Este resultado foi impulsionado pelo bom desempenho dos serviços de tecnologia da informação, streaming e telecomunicações.

Outros setores que tiveram alta foram os serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceram 1,3%. Esse crescimento recupera parte da perda de 3,2% observada entre abril e maio. Dentro desse segmento, destacam-se a organização de eventos (exceto esportivos e culturais), administração de cartões de desconto e programas de fidelidade, e serviços de engenharia.

Além disso, os serviços classificados como “outros” tiveram um aumento de 1,6%, revertendo a queda de 1,5% registrada em maio. Entre esses, os destaques ficam para serviços financeiros auxiliares, recuperação e manutenção de computadores, e corretoras de títulos e valores mobiliários.

Dados do primeiro semestre

O primeiro semestre de 2024 fechou com um crescimento de 1,6% no volume de serviços em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado por quatro das cinco atividades principais, com 55,4% dos 166 tipos de serviços pesquisados na pesquisa apresentando alta.

Entre os setores, a maior contribuição positiva veio do setor de informação e comunicação (5,6%), seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (2,1%), serviços prestados às famílias (4,6%), e outros serviços (3,8%). Por outro lado, a única atividade com taxa negativa foi o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou uma queda de 2,5%.

Na análise regional, 21 das 27 unidades da Federação (UFs) mostraram crescimento no volume de serviços de maio para junho de 2024, com São Paulo (2,6%), Paraná (3,0%), Rio de Janeiro (1,4%), Minas Gerais (1,9%) e Santa Catarina (2,4%) liderando os avanços. Em contraste, o Rio Grande do Sul (-14,5%) teve a maior queda, impactado pelas enchentes de maio.

Finalmente, no acumulado do primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, também 21 das 27 UFs tiveram aumento na receita real de serviços, com destaque para São Paulo (1,1%), Rio de Janeiro (3,8%), Minas Gerais (4,3%), Paraná (4,0%) e Santa Catarina (5,2%). Por outro lado, o Rio Grande do Sul (-4,9%) e Mato Grosso (-6,4%) enfrentaram as maiores quedas.