O volume de pedidos para pagamento de indenizações de seguros relacionados à enchente no Rio Grande do Sul mais do que dobrou entre maio e junho deste ano. Conforme o segundo levantamento realizado pela CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), os pagamentos solicitados às seguradoras totalizaram R$ 3,885 bilhões. Isso representa um aumento de R$ 2,2 bilhões em relação aos R$ 1,673 bilhão registrados em 24 de maio.

Em termos quantitativos, as seguradoras associadas à CNseg receberam 48.870 pedidos de sinistros, marcando um aumento de 108% em relação ao levantamento anterior, que contabilizava 23.441 solicitações.

O setor agrícola foi o mais afetado em termos percentuais, com um crescimento de 284%, resultando em 2.215 pedidos de indenização que somam R$ 181,7 milhões até o momento.

Em valores absolutos, o segmento de Grandes Riscos liderou o aumento, com um acréscimo de R$ 815,2 milhões entre um mês e outro, alcançando um total de R$ 1,32 bilhão em pagamentos, cobrindo 599 sinistros registrados até agora.

Na sequência, o setor de automóveis registrou pouco mais de 19 mil pedidos de indenização, totalizando R$ 1,27 bilhão a serem pagos.

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, destacou que esses números refletem um crescimento significativo nas indenizações, com a ressalva de que este ainda não é o número final. Ele observou que as chuvas continuaram a afetar o estado, sugerindo que os valores possam aumentar nas próximas semanas.

Em coletiva de imprensa, Dyogo Oliveira abordou o possível impacto negativo no setor, enfatizando a robustez financeira das empresas. Ele também explicou que eventos climáticos como o ocorrido no Rio Grande do Sul têm um impacto duplo: podem resultar em uma redução de contratos na região afetada, mas também aumentar a demanda por seguros em outras áreas, alertando para a importância da proteção contra desastres naturais.