O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (14) a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços). O balanço mostra que o setor registrou queda de 9,7% em março, comparado ao índice com ajuste sazonal do mês anterior.

Segundo o balanço, esse é o pior índice para o mês de março na série histórica que iniciou em 2011. Em relação a março de 2023, houve queda de 16,4% no volume de serviços. A variação acumulada em doze meses foi de 3,3%, e o acumulado no ano ficou em -3,8%.

A pesquisa produz indicadores que permitam o acompanhamento da evolução conjuntural do setor de serviços empresariais não financeiros e de seus principais segmentos.

O Estado ainda lidera o ranking entre as unidades federativas com maior recessão do mês, Rio Grande do Sul (-3,6%), seguido por Mato Grosso (-7,6%), Distrito Federal (-4,0%).

Em contrapartida, o monitoramento aponta taxas positivas em São Paulo (1,1%), seguido por Rio de Janeiro (1,1%), Minas Gerais (1,2%) e Espírito Santo (5,1%).

Na comparação com março de 2023, a retração do volume de serviços no Brasil foi acompanhada por 22 das 27 UFs. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-3,2%), seguido por Rio Grande do Sul (-7,2%), Mato Grosso (-14,3%), Mato Grosso do Sul (-16,4%), Goiás (-6,3%) e Ceará (-6,8%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (3,0%) e Minas Gerais (2,2%) lideraram os ganhos do mês.

Cenário nacional

No acumulado do primeiro trimestre de 2024,em comparação ao mesmo período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 19 das 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços. Os principais impactos positivos em termos regionais ocorreram no Rio de Janeiro (4,0%) e em Minas Gerais (4,4%), seguidos por Paraná (4,6%), Santa Catarina (5,5%) e Distrito Federal (9,0%).

Por outro lado, São Paulo (-0,3%), seguido por Mato Grosso (-5,6%), Mato Grosso do Sul (-3,8%), Rio Grande do Sul (-0,8%) e Goiás (-1,9%) registraram as influências negativas mais importantes.

Alta no turismo

Em março de 2024, o índice de atividades turísticas teve variação positiva de 0,2% na comparação com fevereiro, após ter recuado nos dois meses anteriores, período em que acumulou uma perda de 1,9%.

Com isso, o segmento de turismo fica 2,3% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão. A contribuição positiva mais relevante ficou com a Bahia (9,8%), seguida por Santa Catarina (4,5%) e Paraná (2,6%). Em sentido oposto, São Paulo (-1,6%), seguido por Distrito Federal (-6,2%) e Rio de Janeiro (-0,8%) assinalaram os principais recuos em termos regionais.

Na comparação março de 2024 contra março do ano anterior, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou variação positiva de 0,5%, 36 a taxa positiva seguida.

Em termos regionais, seis das 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço, com destaque para Rio de Janeiro (7,3%) e Bahia (16,9%), seguidos por Minas Gerais (3,7%) e Santa Catarina (8,8%). Em contrapartida, São Paulo (-1,7%), seguido por Distrito Federal (-8,5%) e Espírito Santo (-12,5%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

Já no indicador acumulado do primeiro trimestre de 2024, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 0,4% frente a igual período do ano passado.

Regionalmente, seis dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de Rio de Janeiro (4,8%) e Minas Gerais (7,0%), seguidos por Bahia (7,3%) e Pernambuco (4,4%). Em sentido oposto, São Paulo (-0,8%) e Distrito Federal (-7,8%) registraram os impactos negativos mais importantes no acumulado do ano no turismo, seguidos por Goiás (-8,8%) e Espírito Santo (-11,1%).

Retração no setor de transporte

Em março de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 1,8% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo seguido, período em que apontou perda acumulada de 1,9%.

Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica). Na comparação com março de 2023, houve retração de 9,6%, quinto revés consecutivo. Já no acumulado do primeiro trimestre do ano, registrou retração de 7,0% frente a igual período de 2023.

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou variação negativa de 0,2% em março de 2024, após também ter recuado 1,6% no mês anterior. Nesse sentido, o segmento se situa 7,1% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023).

Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 33,5% acima de fevereiro 2020. Assim, na comparação com março de 2023, houve retração de 8,2%, interrompendo 42 resultados positivos seguidos. Já no acumulado do primeiro trimestre do ano, avançou 0,3% no mesmo intervalo investigado.