O Plano Safra 2024/2025, um dos mais importantes programas do Governo Federal de destinação de recursos à produção rural, será de R$ 508,59 bilhões para produtores brasileiros. O objetivo do Plano Safra é promover o desenvolvimento da agropecuária do país.

São R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos da agricultura empresarial, um aumento de 10% em relação à safra anterior. Desses R$ 400,59 bilhões em crédito, R$ 293,29 bilhões (+8%) serão para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (+16,5%) para investimentos. 

Foram ainda destinados R$ 108 bilhões em recursos de LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), para emissões de CPR (Cédulas do Produto Rural), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. 

Para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), foram destinados R$ 76 bilhões, um aumento de 43,3% em comparação à safra 2022/2023 e 6,2% maior do que a safra anterior.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (3), pelo Governo Federal, em Brasília. Além do incremento de recursos, o novo Plano Safra oferece 10 linhas de financiamento de crédito rural com taxas reduzidas.

A taxa de juros para a produção orgânica, agroecológica e de produtos da sociobiodiversidade será de 2% no custeio e 3% no investimento, promovendo um maior incentivo à adoção de práticas sustentáveis no campo.

Impasse econômico

O setor produtivo buscava um aporte superior a R$ 500 bilhões, o que gerou impasses e também foi apontado como motivo do adiamento do lançamento do Plano Safra, que deveria ter acontecido na quarta-feira da semana anterior, dia 26 de junho. No ano passado, o valor liberado para os produtores foi de R$ 435,8 bilhões.

Entidades ligadas ao agronegócio pediram ao Executivo aporte de R$ 570 bilhões, com R$ 470 bilhões a serem destinados aos médios e grandes produtores, e R$ 100 bilhões para o Pronaf.

Desde o início do ano especulava-se que não havia consenso sobre o valor a ser liberado aos produtores rurais, e que a criação de medidas de apoio financeiro ao Rio Grande do Sul eram um fato que “pesava” na decisão sobre o valor final.