Os gastos com salários, retiradas e outras remunerações nas indústrias de Mato Grosso do Sul cresceram 94,14% em 10 anos, conforme a Pesquisa Industrial Anual – Empresa, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (27).

De acordo com a publicação, as unidades locais do Estado com 5 ou mais empregados registraram, em 2022 (R$ 4,21 bilhões), valor 94,14% superior ao registrado em 2013 (R$ 2,17 bi). Além disso, o número é 14,45% superior ao registrado em 2021 (R$ 3,68 bi).

Geração de empregos

A pesquisa identificou 1.929 unidades locais de empresas industriais ativas com 5 ou mais trabalhadores em 2022, que ocuparam 101.637 pessoas. Sua receita líquida de vendas (RLV) foi de R$ 106,4 bilhões.

Considerando as variações desde 2013, a Indústria sul-mato-grossense obteve um crescimento no número de unidades locais industriais de 9,78% e com relação ao ano de 2021, houve um aumento de 5,81%.

Com relação à quantidade de pessoal ocupado, o número passou de 91.644 em 2013, para 101.637 em 2022, representando um o aumento de 10,90%. Em 2021, o número de pessoal ocupado era de 98.610 pessoas. As Indústrias de Transformação continuam liderando, com 99.178 pessoas (97,6% do pessoal ocupado). O segmento de maior representatividade no emprego foi a fabricação de produtos alimentícios, com 44.588 pessoas (43,9%).

Custos das operações

Como custos das operações industriais, as unidades de MS registraram o valor de R$ 67,37 bilhões. Se comparado a 2021, o número é 25,53% superior. No entanto, quando comparado a 10 anos antes (2013), o número é 262,15% superior, pois naquele ano foram registrados R$ 18,60 bi.

Entre os produtos industrializados comercializados por MS, ganham destaque a carne de bovinos fresca ou refrigerada, que gerou R$ 15,83 bilhões de receita líquida de vendas. Tal produto coloca MS na 3ª posição entre os Estados. São Paulo fica em primeiro, com R$ 18,84 bi e Mato Grosso em segundo, com R$ 17,33 bi.

Em segunda posição entre os maiores valores vem tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, inclusive cascas, palhas e outros resíduos dessa extração, com R$ 6,38 bilhões. Na terceira posição fica o Álcool etílico (etanol) não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou igual a 80%, para fins carburantes; destinado para ser adicionado à gasolina, com R$ 7,14 bilhões.