O  Fundo Clima (Fundo Nacional sobre Mudança do Clima), a linha de crédito criada pelo Governo Federal destinada a empresas, governos e projetos que atuem na descarbonização, deve desembolsar R$ 32,1 bilhões até 2026, com destaque para projetos de energia e transporte limpo. Os recursos vão beneficiar diretamente os estados participantes do Consórcio Brasil Verde, como Mato Grosso do Sul.

A projeção foi apresentada na manhã desta quarta-feira (10), no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro, durante reunião com governadores do Consórcio Brasil Verde.

Formado por 15 estados brasileiros, o Consórcio Brasil Verde inclui, além de Mato Grosso do Sul, também os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe.

O Fundo Clima

Criado em 2009, o Fundo Clima atua em dois componentes: uma parte não reembolsável, administrada pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), a partir de recursos advindos do orçamento primário, e uma parte de financiamento, administrada pelo BNDES, com taxas diferenciadas. 

Com o Novo Fundo Clima, o Tesouro Nacional passa a assumir o custo ou ganho decorrente da variação cambial, e repassará seu custo de captação externa ao fundo.

Segundo o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, “o Fundo Clima já mudou de patamar: de 2022 para 2023, saltou de R$ 170 milhões para R$ 814 milhões desembolsados.”

Atualmente, o fundo oferece “R$ 10,4 bilhões, com uma taxa de juros que vai de 1% para florestas a 8% para energia, uma média de 6,15%”, detalha o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.