O Governo de Mato Grosso do Sul já encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento solicitando que o processo para a volta da exportação da carne de Mato Grosso do Sul à China seja acelerado. O pedido foi feito após o governo brasileiro confirmar que o caso do mal da vaca louca registrado no Pará é atípico, ou seja, em animal idoso e isolado.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (3), a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) informou que o secretário Jaime Verruck comemorou o resultado do exame feito no animal do Pará e que entrave que interrompeu a exportação da carne de MS deve ser desfeito.

“Já pedimos por meio de ofício do Governo do Estado este desembaraço e acreditamos que em breve este comércio será restabelecido”, disse o secretário.

As empresas no Estado que exportam para a China são a Naturafrig (Rochedo); FrigoSul (Aparecida do Taboado); e Agroindustrial (Iguatemi).

A China é o principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul e, em 2022, foi responsável pela aquisição de US$ 395,5 milhões e 61,5 mil toneladas de carne bovina do Estado.

Vaca louca suspende exportação brasileira

Após a confirmação do caso atípico, a China, que já tinha confirmado envio de equipe técnica ao Brasil para avaliar a situação, sinalizou ao governo brasileiro que deve dispensar a fiscalização. A expectativa é que os chineses liberem a importação da carne brasileira em breve.

As autoridades sanitárias chinesas afirmaram ao governo brasileiro que têm interesse na rápida retomada dos embarques, conforme apurou o Estadão. Visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China está marcada para o dia 27 de março.

O país é o principal destino da exportação da carne bovina brasileira, mais da metade do que é produzido no Brasil é vendido ao país.

Além da China, Tailândia, Irã e Jordânia também suspenderam temporariamente as importações da proteína brasileira. A Rússia embargou as compras de carne bovina exportadas pelo Estado do Pará. Esses governos ainda não se manifestaram após a confirmação do caso atípico.