Seis cidades de Mato Grosso do Sul fecharam quase 300 vagas de emprego em 2022

Em seis municípios, o ano terminou com geração de emprego negativa, o que significa que no saldo foram mais pessoas demitidas do que contratadas em 2022

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Obra que gera emprego em Juti (Foto: Prefeitura Juti)

O ano passado terminou com a geração de 40 mil novas vagas de empregos formais em Mato Grosso do Sul. Porém, o bom desempenho do mercado de trabalho não reflete a realidade de todos os municípios do Estado. 

Em seis municípios, o ano terminou com geração de emprego negativa, o que significa que no saldo foram mais pessoas demitidas do que contratadas. Na região sul, está o caso mais grave, onde só uma cidade teve mais de 200 vagas de emprego fechadas em 2022.

Em Juti, o saldo de 2022 foi de 233 vagas fechadas, o que significa 3,5% da população estimada em 6.860 habitantes. O fechamento de um frigorífico, ainda no final de 2021, foi crucial para o péssimo desempenho do mercado de trabalho do município. 

O prefeito de Juti, Gilson Marcos da Cruz, explica que a economia da cidade é baseada no comércio e na prefeitura, sendo o frigorífico um grande empregador. “Eram 300 empregos diretos, por isso o grande impacto. No momento estamos fazendo tratativas com os empresários para reabrir a unidade”, explica.

Com a economia restrita a poucos empregadores, o prefeito destaca que tem feito parcerias com empresas e municípios próximos para contratação. Em um dos casos, 50 trabalhadores de Juti foram contratados para atuar em uma usina em Caarapó. 

Quase 300 vagas de emprego fechadas

Juntos, seis municípios de Mato Grosso do Sul tiveram 290 vagas de emprego fechadas em 2022. As cidades listadas têm em comum o baixo número de habitantes e a falta de indústrias, exceto por Ladário que passa de 20 mil pessoas na população estimada. 

Confira o desempenho das cidades que mais fecharam empregos no ano passado:

  • Juti: -233
  • Pedro Gomes: -27
  • Ladário: -9 
  • Novo Horizonte do Sul: -8 
  • Glória de Dourados: -7 
  • Deodápolis: -6

Prefeito de Pedro Gomes, William Fontoura afirma que enfrentou problemas ambientais que impediram a industrialização. “Fomos impedidos de instalar usinas de cana-de-açúcar por estarmos localizados na bacia do Alto Paraguai. Ter uma usina geraria muito emprego”.

Se lamentando pelo que poderia ter sido diferente, o prefeito afirma que Pedro Gomes é um “município rico, mas de receita modesta”. Como alternativa para geração de empregos na cidade, ele afirma que acredita na agricultura e turismo.

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