Em 2022, pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 80% das vagas de emprego formais de Mato Grosso do Sul. Do saldo de 40.307 postos de trabalho do ano passado, 32.019 são referentes às micro e pequenas empresas e 6.465 de médias e grandes empresas.

Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) compilados pelo Sebrae evidenciam que as micro e pequenas empresas do setor de serviços são as grandes responsáveis pela geração de emprego em Mato Grosso do Sul. 

Isso porque este segmento gerou 13.663 vagas de emprego em 2022. O segundo setor a mais gerar empregos no ano passado foi o comércio com 7.225 vagas, pouco mais da metade do resultado de serviços.

Em 2021, as micro e pequenas empresas geraram 33,8 mil vagas de emprego, mas as médias e grandes terminaram o ano sendo responsáveis por apenas 1.830 vagas.

Força do pequeno negócio no Estado

“A grande força motriz da geração de emprego é sempre o pequeno negócio”. Com essa afirmação, o diretor de operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, ressalta a importância das pequenas empresas para Mato Grosso do Sul. 

De acordo com ele, os pequenos negócios refletem o movimento da economia. “As empresas maiores são mais complexas, dependem de mais maturação e investimento. Mas nos pequenos o reflexo da economia é visto rapidamente”, conta.

Além do perfil das empresas pequenas que favorece a geração de emprego, o diretor do Sebrae avalia que 2022 foi um ano extremamente positivo para o segmento. “Foi o ano em que saímos da pandemia, uma retomada e temos que dar graças a Deus que temos empreendedores no nosso Estado”, diz.

A grande demanda do setor atualmente é sobre a necessidade de qualificação profissional, situação relatada por empresários ao Sebrae. “Geralmente são várias vagas abertas, mas sem profissionais com qualificação para preencher essas oportunidades. Precisamos melhorar essa questão, para cada vez mais criar empresas fortes e consistentes”, ressalta Tito Estanqueiro.

Serviços que movimentam a economia

O setor de serviços é a base da economia não só de Mato Grosso do Sul, mas de Campo Grande também e está presente em todas as áreas. Difícil de mapear, o segmento é na verdade gigante, sendo responsável por mais de 123 mil empregos formais e pagamento de impostos que ultrapassam os R$ 430 milhões ao ano.

O segmento de beleza tem grande força dentro de serviços. Nessa área, a maioria trabalha como MEI (Microempreendedor Individual), sendo parceiros. Willyan Conrrado, da barbearia Homem Primata, explica isso.

“Atualmente trabalho com quatro parceiros, todos são MEI e são 100% comissionados. Dessa forma é possível ganhar até quatro vezes mais do que como formal”, explica Willyan, que está há oito anos no mercado.

Já o Áttila Carmona, do Empório da Barba, conta que já foi barbeiro em outras equipes, mas hoje tem o próprio negócio. Ele trabalha com um parceiro há seis meses e comemora a conquista e aumento progressivo nas vendas.