Mato Grosso do Sul deve colher 11,2 milhões de toneladas de milho, a uma produtividade de 80 sacas por hectare, com possibilidade de aumento, segundo dados do Siga MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio). Porém, a produção ficou quase 30% mais caro no ciclo 2022/2023. Segundo o departamento econômico da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

De acordo com a associação, os investimentos para um hectare somam R$ 5,6 mil, enquanto que no ciclo anterior o valor foi de R$ 4,4 mil. Os números foram divulgados pelo presidente da Associação, André Dobashi, durante o evento de lançamento nacional do plantio do milho segunda safra, ocorrido nesta quarta-feira (15), na Famasul.

“Herbicidas, adjuvantes e semente são os três itens que mais pesaram na conta. Eles subiram 109%, 172% e 63%, respectivamente. Os únicos itens que sofreram decréscimos foram os inseticidas e inoculantes. Esse fator faz com que o agricultor acenda um alerta e fique ainda mais dependente da questão climática para que a conta feche ao final da safra”, explica Dobashi, ao lembrar que MS deve colher 11,2 milhões de toneladas de milho, a uma produtividade de 80 sacas por hectare, com possibilidade de aumento, segundo dados do SIGA MS – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio.

“A demanda da suinocultura e avicultura, junto à destinação do milho para produção de etanol, poderá virar uma chave. Isso aconteceu em Mato Grosso, onde se pagava o preço mínimo do milho e depois do DDG foi visível a valorização. Aqui em MS as duas usinas juntas demandarão 30% da safra do estado”, comentou o segundo o secretário Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.