Pular para o conteúdo
Economia

Juros: Arcabouço fiscal dá senha para forte ajuste de queda nas taxas

Os juros futuros fecharam a quinta-feira em baixa, refletindo essencialmente a reação à divulgação do novo arcabouço fiscal após semanas de espera. O teor da proposta não chegou a empolgar, mas determinados pontos, como o fato de incluir algum tipo de limitação para as despesas, inclusive com saúde e educação, foram bem recebidos, ainda que … Continued
Agência Estado -
(reprodução)

Os juros futuros fecharam a quinta-feira em baixa, refletindo essencialmente a reação à divulgação do novo arcabouço fiscal após semanas de espera. O teor da proposta não chegou a empolgar, mas determinados pontos, como o fato de incluir algum tipo de limitação para as despesas, inclusive com saúde e educação, foram bem recebidos, ainda que o mercado não tenha visto como factível a meta de estabilização da trajetória da dívida em relação ao PIB até 2026.

No geral, o marco foi considerado “otimista” do ponto de vista das receitas e outras premissas, como o crescimento do PIB. De todo modo, serviu para ampliar o orçamento de cortes na Selic na precificação das apostas na curva a termo. O Relatório de (RI) divulgado mais cedo e as entrevistas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor Diogo Guillen (Política Econômica) ficaram em segundo plano.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,17%, de 13,22% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 12,16%% para 11,96%. A taxa do DI para janeiro de 2027 encerrou a 12,05%, de 12,29% ontem, e a do DI para janeiro de 2029, em 12,50%, de 12,72%.

Após duas sessões de alta nas taxas, marcadas pela repercussão da ata do Copom e dos ruídos em torno do arcabouço, havia espaço para um ajuste nos prêmios de risco, hoje pavimentado pelo anúncio do nova regra. A reação inicial ao texto foi de volatilidade nos ativos, que posteriormente deu lugar à queda das taxas durante a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad

“O impacto foi positivo pelo fato de o texto ter finalmente saído e prever uma limitação de despesas, incluindo saúde e educação”, comentou a economista da B.Side Investimentos, Helena Veronese. Para ela, a proposta “é bem intencionada”, mas o ponto delicado é a estabilização da dívida, que só se viabilizaria, como sugere o texto, com crescimento forte do PIB, das receitas e com queda da Selic, além de juro neutro mais baixo. “O desenho macro é bom, mas os pressupostos são muito otimistas”, diz.

Em linhas gerais, o arcabouço permite o crescimento real da despesa entre 0,6% a 2,5% ao ano, limitado a 70% do crescimento das receitas nos últimos 12 meses. O piso da e o ficarão de fora da regra de controle de gastos. As metas são zerar o déficit no próximo ano e alcançar superávits de 0,5% do PIB em 2025, de 1% do PIB em 2026 e estabilizar a dívida pública em 2026.

Sob a ponderação de que são necessários mais detalhes sobre o marco, o mercado vê como superestimada por exemplo a percepção sobre as receitas, ainda mais com a esperada desaceleração da atividade em função do aperto da Selic, que se viabilizaria então em caso de aumento de imposto. O ministro Haddad diz que as receitas subirão não com aumento da carga tributária, mas sim via correção nas distorções. “Isso demora. A questão é saber se haverá tempo hábil para esse ajuste a ponto de se concretizarem as metas da nova regra”, diz Veronese.

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que o texto deve ser enviado ao Congresso antes da Páscoa e uma semana antes da entrega da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Mesmo com o RI e os dirigentes do BC na entrevista mantendo o tom duro do comunicado e da ata do Copom, cresceram as apostas de queda da Selic na curva do DI. Para maio, o consenso segue em torno da estabilidade, mas para o Copom de junho os 15 pontos de cortes precificados representam 60% de chance de redução de 25 pontos-base, para 13,50%. Para o fim de 2023, a curva projetava no fim da tarde nível de 12,31% (12,47% ontem) e no fim de 2024, de 11,10% (11,43% ontem). Os números são do Banco Mizuho.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Padaria famosa no Taveirópolis é fechada pela Vigilância Sanitária e pega clientes de surpresa 

Natal antecipado? Decoração fora de época em shopping desperta curiosidade em campo-grandenses

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministério da Saúde investiga dois casos suspeitos de sarampo no Tocantins

prefeita loa 2025 procuradores procuradoria fundo

Servidores da assistência municipal recusam proposta apresentada por prefeitura

Notícias mais lidas agora

Bebê

Laudo aponta que bebê morreu asfixiada ao ser estuprada pelo pai em MS

Agência Brasil

Veja 3 argumentos de Fux ao votar contra medidas ordenadas a Bolsonaro por Moraes

icone da mpb ms ao vivo parque das nações palco

Vai lotar? Próxima atração do MS ao Vivo promete agradar amantes da MPB

Anvisa suspende a venda de quatro cosméticos que têm a palavra ‘Hemp’ no rótulo

Últimas Notícias

Famosos

Morre Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath, aos 76 anos

Morte foi revelada por família do cantor, nesta terça-feira (22)

Cotidiano

Perdido desde cedo, burro é capturado após caminhar mais de 7 km em Campo Grande

Moradores acionaram a Polícia Militar e uma equipe da CCZ para resgatá-lo

Cotidiano

Vídeo: Fogo em vegetação se espalha e se aproxima de casas em Campo Grande

Incêndio mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros

Brasil

Veja 3 argumentos de Fux ao votar contra medidas ordenadas a Bolsonaro por Moraes

Ministro afirmou que não viu indícios de fuga do ex-presidente e citou sobre medidas cautelares desproporcionais