O Brasil registrou alta de 0,62% em dezembro, encerrando a inflação de 2022 com aumento de 5,79% abaixo dos 10,06% no ano passado. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) indica que a economia atinge pela quarta vez consecutiva a inflação acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 3,5% e teto de 5%.

O consumidor de Campo Grande comprou alimentos ainda em linha de alta durante dezembro. O acumulado do mês, quando comparado aos meses anteriores, coloca a cebola com alta de 125,02%. Em novembro, o item pontuou 149,57%. O resultado anual no cenário da Capital foi influenciado pelo setor de alimentação e bebidas (10,41%).

Alimentos com maior inflação do mês

  • A batata-inglesa teve alta de 60,41%;
  • Tubérculos, raízes e legumes – 45,05%;
  • Farinha de trigo – 38,75%;
  • Frutas – 19,44%;
  • Maça – 41,00%;
  • Leite Longa Vida – 30,98%;
  • Melancia – 41,00%.

A alimentação no domicílio (11,10%) exerceu a maior influência na alta de 10,72% do grupo alimentação e bebidas da Capital. Entre os alimentos para consumo no domicílio estão arroz (1,75%), feijão-carioca (22,06%), milho (26,63%) e macarrão (24,23%).

Baixa no consumo

O INPC (Índice Nacional de Preços aos Consumidor) de dezembro encerrou com saldo negativo nos setores de alimentação e bebida (-0,26), habitação (-0,21) e artigos para residência (-0,17%), em Campo Grande. Conforme o balanço divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice geral do mês é de 0,30%.

O analista do IPCA, André Almeida, comenta que, no caso da cebola, a alta esteve relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. “Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro”.