Ibovespa sobe 0,62%, na terceira alta seguida, com commodities

O Ibovespa sustentou o terceiro dia de alta nesta quinta, 19, (+0,62%), em 112.921,88 pontos. O fortalecimento das commodities no mercado internacional – com ganhos acima de 1% nos contratos mais líquidos de petróleo – beneficiou os papéis da Petrobras, Vale e siderúrgicas, que puxaram a Bolsa brasileira. A garantia do ministro-chefe da Secretaria de […]

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O Ibovespa sustentou o terceiro dia de alta nesta quinta, 19, (+0,62%), em 112.921,88 pontos. O fortalecimento das commodities no mercado internacional – com ganhos acima de 1% nos contratos mais líquidos de petróleo – beneficiou os papéis da Petrobras, Vale e siderúrgicas, que puxaram a Bolsa brasileira. A garantia do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de que o governo respeitaria a autonomia do Banco Central também retirou pressão dos ativos domésticos.

As declarações de Padilha corrigiram o tom adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem, quando o petista questionou a independência do BC, e ajudaram o índice a subir a partir das 15h30, em meio ao alívio na alta dos juros futuros. Às 16h50, o Ibovespa atingiu a máxima de 113.138,66 pontos (+0,81%), diante da melhora observada em Nova York após a vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Lael Brainard, ressaltar que a inflação tem diminuído e que os efeitos dos juros altos ainda vão se materializar nos Estados Unidos.

O alívio da pressão doméstica e externa permitiu que os papéis brasileiros pegassem carona no aumento das commodities, puxado pela reabertura da China e desvalorização global do dólar. A Petrobras subiu entre 3,40% (ON) e 3,03% (PN), em linha com os ganhos do Brent (1,39%) e WTI (1,02%). O cenário também beneficiou ações da Vale (+0,43%) e de empresas como Gerdau (+0,27%) e CSN (+0,58%), em um dia de alta de 1,55% do minério de ferro na Dalian Commodity Exchange.

“O que puxou o Ibovespa hoje foram as commodities: tanto o petróleo, como o minério de ferro em alta e com uma cautela dos investidores em relação aos ativos mais relacionados ao cenário interno”, diz o operador de renda variável da Manchester Investimentos Gabriel Mota. “Estamos vendo há algum tempo que, por causa da mudança recente na política econômica, empresas mais voltadas ao cenário externo estão ganhando alocação, que é uma forma segura de se manter em ativos brasileiros fugindo do risco político.”

Durante a tarde, a B3 informou que excluirá a Americanas de todos os índices, inclusive o Ibovespa, a partir da próxima semana, após a varejista ter entrado com pedido de recuperação judicial. A empresa liderou as perdas do índice, em queda de 42,53%, seguida por Braskem (-2,79%), BTG Pactual (-2,74%), BRF (-2,65%) e Cielo (-2,61%). Na ponta positiva, os destaques foram Magazine Luiza (+7,02%), Rede DOr (+6,19%), CCR (+5,18%), PetroRio (+3,98%) e Hapvida (+3,80%).

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