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Economia

Dólar cai 0,21% no dia com China e PIB, mas sobe 1,33% na semana de olho no fiscal

Após a arrancada da quinta-feira, 31, quando subiu 1,68% e flertou com os R$ 5,00 nas máximas, o dólar à vista apresentou leve recuo na sessão desta sexta-feira, 1º de setembro. Passado o efeito de fatores técnicos sobre a formação da taxa de câmbio, como rolagem de contratos no segmento futuro e formação da última … Continued
Agência Estado -
(Agência Brasil)

Após a arrancada da quinta-feira, 31, quando subiu 1,68% e flertou com os R$ 5,00 nas máximas, o dólar à vista apresentou leve recuo na sessão desta sexta-feira, 1º de setembro. Passado o efeito de fatores técnicos sobre a formação da taxa de câmbio, como rolagem de contratos no segmento futuro e formação da última taxa ptax de agosto, houve uma acomodação, com ajustes de posições e realização de lucros.

Segundo operadores, a alta das commodities, em meio a dados positivos da indústria da China, que anunciou medidas de apoio ao setor imobiliário, e o resultado mais forte do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre abriram espaço para queda do dólar. Moedas pares do real, como peso chileno, peso colombiano e rand sul-africano também se valorizaram.

Nas primeiras horas de negociação, a divisa ameaçou romper o piso de R$ 4,90 com o exterior, na esteira da divulgação do relatório de emprego nos EUA, e tocou mínima a R$ 4,9005. O ritmo de baixa diminuiu ainda pela manhã e, com máxima a R$ 4,9481, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 4,9405, em queda de 0,21%. Na semana, contudo, a moeda acumula valorização de 1,33%, atribuída, em parte, ao aumento dos prêmios de risco em razão de dúvidas sobre a gestão da política fiscal.

Consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo observa que houve desconforto com os vetos do presidente Luiz Inácio da Silva na sanção do novo arcabouço fiscal, o que ajudou a impulsionar o dólar no mercado local. Foi vetado por Lula o item que impedia a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de excluir despesa do cálculo da meta fiscal – o que trouxe preocupações em torno de aumento de gastos.

Para o consultor, houve certo exagero, contudo, na reação dos investidores ao Orçamentária Anual (PLOA), divulgado na quinta, em que o governo estipula ampliar as receitas em R$ 168 bilhões para cumprir a meta fiscal de déficit primário zero em relação ao PIB em 2024.

“Não entendo porque o mercado ficou em polvorosa com o orçamento, que veio em linha com o esperado. O governo tem que perseguir uma meta. Existe dificuldade em ampliar receitas, mas, se o resultado já for melhor na margem, o cenário se torna mais benigno”, afirma Galhardo, para quem o mercado pode se “acalmar em relação ao orçamento nas próximas semanas”, o que pode beneficiar o real.

Pela manhã, o IBGE divulgou que o PIB do segundo trimestre subiu 0,9% em relação ao primeiro, acima da mediana de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (0,3%). Na comparação anual, houve alta de 3,40%, também superior à mediana (2,7%).

Casas como BTG Pactual, JP Morgan e revisaram para cima as estimativas para crescimento do PIB neste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta vai revisar a estimativa para o PIB neste ano, atualmente de 2,5%. Segundo o ministro, a economia brasileira deve encerrar este ano com crescimento em torno de 3%.

No exterior, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar frente a moedas fortes – operava em alta firme no fim da tarde, ao redor de 104,200 pontos.

Pela manhã, o Dollar Index recuou e tocou mínima aos 103,272 pontos com a divulgação do payroll. Houve criação de 187 mil vagas nos EUA em agosto, acima do esperado (175 mil). Mas salário médio cresceu aquém das expectativas e taxa de desprego subiu de 3,5% para 3,8% – pontos que sugerem pressões inflacionárias menores e, em consequência, fim da alta de juros nos EUA.

Dados mais fortes da indústria dos EUA em agosto e declarações da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, deram força novamente ao DXY. Segundo Mester, há dúvida se os juros dos EUA estão nos níveis restritivos necessários para conter a inflação.

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