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Economia

Cesta básica de Campo Grande é a 5ª mais cara do país e consome 113 horas do trabalhador

Mesmo registrando queda nos últimos doze meses, o valor da cesta básica ainda representa 55% do salário mínimo
Lethycia Anjos -
(Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

Em outubro, o preço da cesta básica em Campo Grande teve uma ligeira alta de 1,08% em relação a setembro, mas teve uma queda acumulada de -6,91% nos últimos doze meses. Mesmo com essa diminuição, a cesta básica na Capital é a quinta mais cara do país, R$ 682,97.

Para um trabalhador que ganha um salário mínimo, que é de R$ 1.342, são necessárias 113 horas de trabalho, cerca de 14 dias de trabalho, para comprar uma cesta básica. Os dados foram revelados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgadas nesta terça-feira (7), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Se comparado o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, ou seja, após descontados os 7,5% referentes à Previdência Social, em outubro de 2023, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 52,72% do seu rendimento líquido para adquirir alimentos básicos, em comparação com 53,09% em setembro. No mesmo mês de 2022, esse percentual era de 58,78%.

Preço dos alimentos em Campo Grande

Inflação (Valter Campanato, Agência )

O preço da batata encerrou três meses consecutivos de retração com a maior alta entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Mesmo com o aumento, o preço médio de R$ 4,93 por quilo tornou o tubérculo mais acessível em comparação com outubro de 2022, quando o preço médio era de R$ 5,32.

O tomate (6,46%) e o arroz-agulhinha (0,58%) mantiveram altas no preço, apesar da boa disponibilidade interna. Em outubro, café em pó (1,58%), carne bovina (1,43%) e manteiga (0,19%) reverteram as altas até então registradas.

O feijão-carioquinha (-5,21%) e a farinha de trigo (-3,34%) registraram queda nos preços. O leite de caixinha (-1,47%), o óleo de (-2,24%) e o açúcar cristal (-0,52%) mantiveram os preços em queda.

Cesta básica
Cesta básica (Divulgação, Dieese)

12 capitais registraram queda no preço

Em 12 das 17 capitais analisadas pelo Dieese, houve redução no valor do conjunto dos alimentos básicos que compõem a cesta básica em outubro de 2023. As maiores quedas ocorreram em Natal (-2,82%), (-2,30%) e (-2,18%). Campo Grande teve a segunda maior alta entre as capitais, com 1,08%, ficando atrás apenas de Fortaleza, que teve uma queda de 1,32%.

Em relação aos custos, Porto Alegre liderou com o maior custo (R$ 739,21), seguida por Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17). Campo Grande ocupou a quinta posição com R$ 682,97.

Comparando os valores da cesta entre outubro de 2022 e outubro de 2023, 12 capitais tiveram redução no preço médio, com as maiores variações ocorrendo em Brasília (-7,34%), Campo Grande (-6,91%) e Goiânia (-5,88%). Cinco cidades registraram variações positivas: Salvador (0,09%), Aracaju (1,25%), Natal (1,52%), Belém (2,88%) e Fortaleza (4,23%).

Sacos de arroz à venda em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Salário mínimo ideal é de R$ 6,2 mil

Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal para a de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 em outubro de 2023, ou 4,60 vezes o valor do salário mínimo de R$ 1.320,00.

Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.280,93, correspondendo a 4,76 vezes o valor do salário mínimo. No mesmo período do ano anterior, o valor necessário era de R$ 6.458,86 ou 5,33 vezes o valor do salário mínimo vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

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