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Economia

Tomate dispara em Campo Grande e chega a R$ 21,99 o quilo nos supermercados

O quilo do tomate a R$ 21,99. Parece mentira, mas não é. Um leitor do Jornal Midiamax encaminhou a imagem para a reportagem ilustrando o preço alto nas gôndolas dos supermercados. Neste caso, o produto foi encontrado por este valor na Rua Rui Barbosa. Nos últimos dias, o valor já estava alto, mas chegou ao … Continued
Evelin Cáceres, Anna Gomes -
Tomate chega a R$ 21,99 em Campo Grande o quilo (Foto: Fala Povo)

O quilo do tomate a R$ 21,99. Parece mentira, mas não é. Um do Jornal Midiamax encaminhou a imagem para a reportagem ilustrando o preço alto nas gôndolas dos supermercados. Neste caso, o produto foi encontrado por este valor na Rua Rui Barbosa. Nos últimos dias, o valor já estava alto, mas chegou ao ápice nesta semana.

Conforme os revendedores, a alta de preços dos combustíveis turbinando o frete, as estiagens prolongadas e as enchentes nos locais de plantio, maioria fora de Mato Grosso do Sul, são alguns dos fatores que contribuíram para o aumento do tomate.

Em outro supermercado da mesma rede, é possível encontrar nesta sexta-feira (25) o produto, o tomate italiano, a R$ 17,79. Outros leitores disseram ter encontrado o produto a R$ 19,99 e a R$ 12,99, mas de um tipo diferente, o tomate salada.

(Foto: Nathalia Alcântara) Tomates nas gôndolas

Um levantamento feito na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Groso do Sul) na semana passada mostra que apenas a maçã-gala e a ponkan passam por um momento de queda de preços no universo dos hortifrútis.

Fernando Begena, diretor de Abastecimento e Mercado da Ceasa MS, explica que, no caso da maçã-gala, a queda de preços é de 4,76%, com o preço baixando de R$ 105 para R$ 100, na caixa de 20 kg. Já na ponkan, a queda de preços é ainda maior: 7,14% e, neste caso, a caixa com 20 kg caiu de R$ 70, para R$ 60. “Nestes dois casos específicos, a queda de preços acontece porque é época de colheita e a oferta tem sido grande”, disse Fernando Begena.

Os demais produtos estão em alta de preços. O vilão do mês, segundo Fernando Begena, é a cenoura, que, só na última semana, aumentou 15%, mas que, de janeiro para cá, ficou 80% mais cara. “Só aqui na Ceasa o quilo da cenoura está saindo a R$ 9,50 e a caixa com 20 kg está com preço de R$ 190. Onde se planta cenoura choveu muito e só para retirá-la do solo os gastos aumentaram 30%. O solo está encharcado”, explica Begena.

Na Ceasa MS, 85% dos produtos são oriundos de outros estados e os preços de todos eles foram afetados por fatores climáticos e pelo aumento nos preços dos combustíveis. É a chamada logística do frete/transporte mostrando efeitos nocivos para o bolso do . Isso porque a batata também está em alta de preços, só que de 6,45% na última semana, embora no acumulado esteja em mais de 40%. Na última semana, a caixa com 20 kg aumentou de R$ 155, para R$ 165. O repolho verde ficou 14,28% mais caro, com o valor da caixa de 20 kg subindo de R$ 70 para R$ 80.

No tomate, o raciocínio é semelhante. Esta semana, a caixa com 25 kg vem sendo comercializada a R$ 140, mas ano passado custava R$ 80. Na abobrinha verde, o preço da caixa com 20 kg saltou de R$ 85 para R$ 90 — uma alta de 5,88%. O mamão ficou 9% mais caro, com o preço da caixa de 10 kg saltando de R$ 110 para R$ 120. No melão espanhol, a elevação de preços foi de 7,25%, com o valor da caixa subindo de R$ 70 para R$ 75. Neste caso, o recesso do carnaval fez atrasar as entregas vindas do Rio Grande do Norte. Até o quiabo está mais caro: o preço da caixa com 15 kg saltou de R$ 85 para R$ 100 — encarecimento de 17,64%.

Tomate e mais alimentos puxam inflação

Puxada pela alta nos preços dos alimentos, a prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), avançou 0,95% na passagem de fevereiro para março. É a maior taxa para um mês de março desde 2015, quando chegou a 1,24%.

O resultado levou o indicador a acumular 10,79% em 12 meses. O número veio acima do esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,87% no mês e 10,69% em 12 meses segundo mediana da Reuters.

Os dados são do IPCA-15 e foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira. Segundo o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em março. O principal destaque foi o segmento de alimentos e bebidas, que acelerou frente ao mês anterior, subiu 1,95% e foi responsável por quase metade da alta da taxa no mês, contribuindo com 0,40 ponto percentual no índice.

A alta foi puxada pelo aumento dos preços de alimentos para consumo no domicílio, que subiram por conta de fatores climáticos como a estiagem no Sul e as chuvas no Sudeste, que afetaram as produções.

O preço da cenoura disparou 45,65%. O tomate também teve alta expressiva, com avanço de 15,46%. Já as frutas subiram 6,34%.

As altas atingiram ainda os preços da batata-inglesa (11,81%), do ovo de galinha (6,53%) e do leite longa vida (3,41%). No lado das quedas, o preço do frango em pedaços recuou 1,82%, após cair 1,31% em fevereiro.

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