Mato Grosso do Sul concluiu o plantio da safra de soja 22/23, são cerca de 3,842 milhões de hectares. A estimativa da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e de Mato Grosso) é que a produção seja de 53 sacas e 12,3 milhões de toneladas.

As operações terminaram na última sexta-feira (2), dentro da média dos últimos cinco anos, conforme aponta o Boletim da da Casa Rural. Os especialistas apontam 97% do plantio em boas condições nas lavouras e 3% regulares.

A região sul – composta pelos municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, e – é a que apresenta maior desenvolvimento fenológico da cultura, com plantas que chegam ao estádio R4, indicado pelo completo desenvolvimento da vagem e apresenta os mesmos indicativos estaduais quanto as condições das áreas.

Venda da safra

“Encerramos a operação de semeadura com um pequeno atraso neste ano, porém, temos melhores condições de solo, plantas com maior sanidade e menor ocorrência de insetos e doenças. Os produtores estão cada vez mais preocupados com técnicas de manejo assertivas e sustentáveis e isso tem se mostrado a campo. Até o momento, as condições das lavouras estão favoráveis para uma safra de bons resultados em nosso Estado”, destaca o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi.

Ainda segundo a associação, a futura comercialização dos grãos permanece em 20%, com o preço médio de R$ 156,41. A venda da safra passada atingiu 94,60% ao preço médio de R$ 169,08.

Clima da produção

Nas áreas da oleaginosa, não há ocorrência significativa de plantas daninhas, insetos-praga ou doença, contudo, o controle da incidência do milho voluntário é uma ferramenta extremamente necessária para evitar a ponte verde e a proliferação da conhecida cigarrinha, inseto com potencial para reduzir a produção de milho.

Outro dado que afeta diretamente a semeadura, a maioria das chuvas está ocorrendo de forma isolada e com isso, há grande variação na precipitação acumulada, inclusive dentro das propriedades, proporcionando diferentes condições para o desenvolvimento das plantas.

Para o trimestre que compreende os meses de dezembro a fevereiro, o (Instituto Nacional de Meteorologia), indica que as chuvas ficarão de 40 a 60% abaixo da média histórica para as regiões centro-oeste, sudoeste e pantanal. Por outro lado, nas regiões do extremo norte, bolsão e extremo sul do Estado, as chuvas ficarão de 35 a 50% acima da média climatológica para o período.