Petrobras faz acordo com governo de MS para concluir obra da UFN3 em troca de incentivos
Governador Reinaldo Azambuja afirmou que essa é a melhor condição para que o Estado forneça incentivos fiscais a quem comprar a fábrica de fertilizantes em Três Lagoas
Elias Luz –
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O governador Reinaldo Azambuja disse, durante participação na abertura Interagro (Encontro de Integração Tecnológica do Agronegócio em Mato Grosso do Sul), nesta semana, que a Petrobras aceitou o pedido do Estado e vai finalizar as obras da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), antes de vendê-la à iniciativa privada. “Essa foi a condição que o Estado sugeriu para que possa negociar incentivos fiscais no futuro”, disse Azambuja.
O Brasil tem estoque de fertilizantes garantido até o final de outubro, mas as peregrinações da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, cuja continuidade vem sendo feito pelo ministro Marcos Montes em países árabes da Ásia e norte da África devem garantir um pouco mais de estoque até o início de 2023, para conter a falta de produto proveniente da Rússia e Ucrânia, que continuam em guerra e são grandes produtores.
Com a conclusão da UFN-3, que está situada em Três Lagoas, município localizado a 326 km de Campo Grande, o quadro de reversão da dependência de fertilizantes deverá ser revertido. De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, essa crise – que já culminou no aumento em 150% no preço dos fertilizantes – é a oportunidade ideal do Brasil reduzir esta dependência, principalmente porque o país alimenta mais de 10% do mundo. Em levantamento da própria Petrobrás, a informação amplamente divulga é de que 81% das obras estão concluídas.
Para o governador, o que está acontecendo com os fertilizantes é uma demanda reprimida de oferta internacional que logo vai passar. Azambuja disse, ainda, que o Brasil tem fósforo e potássio suficientes para produzir fertilizantes e que essa guerra na Eurásia despertou – ao Brasil – a retirada de projetos que estavam engavetados. Na pecuária, o governador comemorou o aumento no número de abates de gado bovino (10,2%), suíno (4,4%) e de aves (4,2%) no primeiro trimestre deste ano, que foram anunciadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo Azambuja, os programas desenvolvido rem parceria com a iniciativa privada tem trazido bons resultados para a economia do Estado. OI governador citou o Precoce MS, que permite o abate do gado bovino 16 meses antes do chamado período normal. “A pecuária tem essa tecnologia para abater antes e o Estado ganha em sustentabilidade, pelo fato de o rebanho abatido com antecedência emitir bem menos metano”, explicou Azambuja.
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