Todo fim de ano o trabalhador de carteira assinada se anima com a proximidade do pagamento do décimo terceiro salário. A bonificação salarial deve ser paga no final de ano e, geralmente, é realizada em duas parcelas, com descontos do imposto de renda, INSS e FGTS.

O cálculo do 13° é proporcional e simples, basta dividir o valor do salário bruto por 12, total de meses do ano. Com o resultado, multiplique pelo número de meses trabalhados. Por exemplo, Simone começou a trabalhar no dia 1° de abril, ou seja, até o fim do ano trabalhou por 9 meses, recebendo salário de R$ 1.400,00.

  • R$ 1.400,00/12
  • R$ 116,66 x 9 = 1.050,00

Quem recebe 13°?

Recebem os valores da bonificação todos os trabalhadores com carteira assinada, após 15 dias de trabalho. O empregado desligado da empresa sem justa causa recebe o valor acertado na rescisão do contrato. Demitidos por justa causa não têm direito a remuneração.

Também tem direito ao décimo trabalhadores afastados por acidente ou que estejam em licença maternidade.

Os depósitos podem ser pagos de duas maneiras: em duas parcelas, sendo a primeira entre 1° dia útil de fevereiro e último dia útil de novembro; a segunda deve ser paga até dia 20 de dezembro, ou um dia útil, caso seja domingo ou feriado; e em parcela inteira até 20 de dezembro.

Dicas de finanças

O valor extra costuma movimentar o comércio, principalmente com as vendas de fim de ano, Natal e Ano Novo. Andreia Cambiaghi, economista comportamental, planejamento e gestão e educação financeira pessoal, orienta a sempre se programar e evitar o gasto descontrolado com o valor.

“Temos uma cultura de fazer contas, acumular dívidas e pagar com o décimo terceira. O valor poderia ser usado para uma reserva, uma viagem e até ajudar em pagar as contas do início do ano”.

A especialista explica que fazer uma previsão do valor e um fazer um mapa da receita pessoal auxilia no equilíbrio financeira, além de começar o próximo ano com as finanças organizadas.

“O ideal é ter um orçamento de janeiro a dezembro, colocar lado a lado as categorias de despesas e ganhos, para que a gente entenda quanto o que fazer com nossas despesas, aí conseguimos um controle efetivo. Isso é educação financeira”, finaliza.