A cesta básica em registrou aumento de 23% no valor em 12 meses e se tornou a 6ª mais cara do país, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Custando R$ 678,43, ela é apenas R$ 37,22 mais barata que a mais cara do país, em São Paulo (R$ 715,65). 

Conforme a pesquisa, as altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e (2,57%). Inclusive, a comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 10%, em Porto Alegre, e 23%, na Capital Sul-mato-grossense.

Nesta linha, o campo-grandense precisou trabalhar 123h e 9 minutos para comprar uma cesta básica. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2022, 60,51% do rendimento para adquirir os produtos da cesta.

O feijão, o pó de café, o óleo de soja, a batata e a carne bovina registraram aumentos na maioria das capitais, mas não tão expressivos em Campo Grande. Os altos patamares de preço da carne bovina continuam sustentados pela aquecida demanda internacional e pela baixa disponibilidade de
animais para abate. Entretanto, o mercado interno permaneceu com vendas enfraquecidas, o que limitou a alta dos preços.

No caso do óleo, há um aumento da demanda externa, devido à redução da produção de óleo de girassol na Ucrânia e de óleo de palma na Indonésia, o que explica os preços elevados no mercado externo e também no varejo. Entretanto, o preço do quilo da manteiga diminuiu -1,51% em Campo Grande, assim como teve queda em Vitória (-4,83%) e Florianópolis (-0,42%).