A Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul), o governo do Estado, a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e o Ministério das Relações Exteriores realizam, a partir desta quinta-feira (26), o 1º Fórum “Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico''. O fórum sobre a Rota Bioceânica vai até sexta-feira (27) e terá a presença de dois ministros: Carlos Alberto França, das Relações Exteriores, e do Turismo, Carlos Alberto Gomes de Brito.

Quem também vai participar e já está em é João Carlos Parkinson, que é ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores. “O objetivo é encurtar as distâncias, otimizando as exportações do Centro-Oeste brasileiro a mercados como , Oceania, Estados Unidos e ”, disse Parkinson, que também é o coordenador nacional do Corredor Rodoviário Bioceânico.

Para José Carlos Parkinson, o corredor da Rota Bioceânica será importante porque vai oferecer — aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, e Tocantins — uma alternativa logística que reduzirá o tempo do trânsito internacional em 12 dias e o custo do transporte, além de evitar a passagem pelo Canal do Panamá e o ingresso pelo Sul do país. “Será possível exportar carne para a Indonésia com redução de custo de 20%. A título de informação, o custo de transporte de produto exportado de Singapura para Campo Grande ficará 22% mais barato”, detalhou Parkinson.

O senador Nelsinho Trad (PSD/MS), presidente da Frente Parlamentar Internacional da Rota Bioceânica, ressaltou que 23 municípios de Mato Grosso do Sul, ou seja, quase 30% das cidades, deverão ser beneficiados pela Rota Bioceânica. O corredor rodoviário incluirá oito municípios de forma direta: Porto Murtinho, Jardim, Caracol, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, e Campo Grande, além de interferir positivamente nas atividades econômicas de outros 15: Nova Alvorada, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Bonito, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, e Antônio João. “Precisamos debater este assunto, que é de interesse de Mato Grosso do Sul e que vai alavancar a economia do Estado e do País”, destacou o senador Nelsinho Trad.

O 1º Fórum sobre a Rota Bioceânica terá importância reforçada porque tratará de um projeto que causará transformações profundas com reposicionamento de Mato Grosso do Sul no mercado internacional. Na avaliação do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a Rota provocará mudanças profundas. “A partir do momento da implantação da Rota Bioceânica, ligando o Mato Grosso do Sul aos portos do Pacífico, vamos ter uma mudança de posicionamento geopolítico do Estado. Mato Grosso do Sul passa a ser, dentro do centro da América do Sul, um potencial hub logístico para as exportações para os países asiáticos”, afirmou. “A Rota significa desenvolvimento, perspectiva estratégica e um novo Mato Grosso do Sul”, completou Verruck. Para participar presencialmente, é necessário o cadastro por meio do link de inscrição.

Alems também receberá embaixador da Argentina no Fórum

Com participação também confirmada, o embaixador Luis María Krecler, cônsul-geral da Argentina em São Paulo, enfatizou a importância do evento para discussão de tema tão importante. “A Rota Bioceânica vai fazer com que possamos chegar aos portos chilenos com nossos produtos. Isso é muito importante para o Norte da Argentina, para o Paraguai, para o Mato Grosso do Sul e para o Chile também. Não só para a saída, mas também para a entrada, porque muitos produtos importados da Ásia vão entrar por aqui”, disse o cônsul em reunião realizada neste mês com o deputado Paulo Corrêa (PSDB), presidente da Alems. “É um novo canal do Panamá. É um projeto ambicioso. Por isso esse Fórum é importante. O Fórum vai nos ajudar a pensar sobre como efetivar tudo isso e qual a maneira mais rápida”, acrescentou o embaixador.