Após esse prazo de três meses, o governo vai permitir que o empresário parcele o tributo devido em 12 vezes. A medida beneficia 6.746 estabelecimentos no Estado e atende reivindicação do setor, da (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e de deputados estaduais.

Os empresários amargam baixo lucro e até prejuízos devido às restrições impostas durante a pandemia de Covid-19. Para o presidente da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso do Sul), Juliano Wertheimer, a forma de como o benefício está sendo oferecido não é a ideal.

“Não é anistia, é a suspensão do ICMS por 90 dias, vão deixar de cobrar dos empresários e depois parcelar esse valor, ainda não está certo, o governo vai decidir”, avalia.

Apesar disso, Wertheimer diz que iniciativa já traz alívio ao setor, mas espera mais do governo. “Temos outros pleitos que estão sendo discutidos entre os vários, tem a suspensão, a isenção do imposto. Mas atende o setor, isso é bom para nós e vemos com bons olhos e dá fôlego. Muitos empresários não estavam pagando o ICMS e agora vão poder se organizar”, disse.

Já o presidente da CDL Campo Grande (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, elogiou a proposta. “Finalmente recebemos esse apoio. Recebemos com alegria, pois não tínhamos nada. O setor já está sofrendo há um ano, tende a enfrentar mais dificuldades, mas já atende a demanda”, afirmou.

Vila, porém, ressaltou a necessidade do Estado interceder para ampliar a oferta de crédito. “Uma coisa não isenta outra. O governo precisa ajudar com linhas de crédito, principalmente para os estabelecimentos noturnos. Essa primeira medida é muito bem-recebida, mas precisamos evoluir com o crédito. Na condição atual, os bancos não liberam devido ao score baixo desses que estão com menos movimento, então precisamos dessa garantia do governo”, finalizou.