A que atingiu o cone sul de , entre os dias 27 de junho e 1º de julho, causou perdas de produtividade na 2ª safra de estimadas em 2,7 milhões de toneladas, conforme expectativa da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho). A condição climática afetou região que corresponde a 30% da área produtiva do Estado.

Dessa forma, o volume de produção do milho, que tinha expectativa de colheita equivalente a 8,2 milhões de toneladas, agora não deve passar das 6,2 milhões de toneladas. Já a produtividade, que era esperada próxima de 68,7 sacas por hectare, segundo o Siga (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), deve ser de aproximadamente de 52,3 sacas por hectare.

“Foi realmente uma grande geada, que atingiu todo o Conesul e algumas regiões centrais, onde há muito tempo não se tinha relatos de ocorrência de geadas no estado. Os danos foram muito severos e irão impactar de maneira muito significativa para toda sociedade. É hora do produtor avaliar sua lavoura minuciosamente e salvar o máximo de milho possível, com foco em aproveitar, de alguma forma, o que restou da lavoura. Não podemos deixar de lado nossas obrigações e temos que honrar os contratos firmados, para não gerar um colapso nos acordos comerciais. Agora é preciso fazer uma colheita cautelosa, a fim de minimizar os prejuízos”, aponta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Tempo severo

O fim de junho teve o frio mais intenso dos últimos anos em MS, com temperaturas de -3ºC em Bela Vista, por exemplo. A sensação térmica chegou a -11ºC.


Rio Brilhante foi uma das cidades que registrou geada no início da manhã desta quarta – Foto: Maracaí FM

Assim, várias lavouras do cone sul registraram geadas como Rio Brilhante, Amambai e Ponta Porã, por exemplo.

As condições se agravaram em todo o estado devido aos efeitos climáticos de estiagem, granizo e geada. Mato Grosso do Sul possui em boas condições 1% de suas lavouras, 38% em estado regular e 61% em estado ruim.

Estima-se que a área afetada no estado é de 604,4 mil hectares, o equivalente a 30% da área produtora do estado.