Em meio a pandemia o setor que menos foi afetado foi o agronegócio. O mercado da soja, então, está a todo vapor. Para se ter uma ideia, os produtores de Mato Grosso do Sul já venderam 40% da safra 2020/2021 que ainda nem foi plantada.
“Alguns produtores aproveitaram boas ofertas de preço para fazer o travamento de seus custos de produção”, informou o presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS), André Dobashi.
O dinheiro das negociações está sendo utilizado para a compra de insumos da lavoura, que são cotados em dólar. É uma tática para tentar diminuir os custos de produção.
O volume de exportações do grão aumentou consideravelmente. Até julho deste ano foram 3,76 milhões de toneladas, enquanto que no ano anterior inteiro foram 3,22 milhões.
O lado negativo disso é que o preço recorde atingido essa semana pela soja não chega ao produtor, que já está sem a comódite. Porém, muitos estão aproveitando para negociar a próxima safra.
Fatores
A desvalorização do real frente ao dólar deixa o produto brasileiro mais barato. O país já é o maior produtor e exportador mundial.
O forte movimento de compra por parte da China – que é a maior compradora do produto – também teve participação no aumento recorde do preço.
