Arraial na quarentena: festas adaptadas movimentam lojas de artigos juninos em Campo Grande
As tradicionais festas juninas de junho acabaram sendo canceladas devido a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, em Campo Grande. Com isso, os artigos das festas, como fogos de artifício e roupas, apostam as fichas nos moradores que devem realizar festa simbólica em casa para São João não ‘passar em branco’. O gerente de um […]
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As tradicionais festas juninas de junho acabaram sendo canceladas devido a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, em Campo Grande. Com isso, os artigos das festas, como fogos de artifício e roupas, apostam as fichas nos moradores que devem realizar festa simbólica em casa para São João não ‘passar em branco’.
O gerente de um loja do Centro da Capital, Pedro Magalhães, de 41 anos, disse que as vendas de junho cresceram até 5% em relação ao ano passado. O motivo, segundo ele, pode ser o planejamento simbólico dos arraiais em casa.
“Por incrível que pareça, estamos vendendo. Pode ser por festas juninas em casa ou por causa do Auxílio Emergencial, mas as pessoas estão comprando”, disse à reportagem.
Em uma outra loja na Afonso Pena, o gerente explica que o estoque deste ano já havia sido comprado em janeiro, antes da pandemia, então, foram colocadas à venda, mas não espera que a loja vá vender muito neste ano.
“Sempre compramos de 10 a 20% a mais de estoque do que em anos anteriores, normalmente compramos mais. Mas neste ano a loja teve uma regressão de 20% nas vendas”, disse Rodrigo da SIlva, de 35 anos.
A estratégia da loja é investir em artigos para casa e atrair que precisa sair de casa e dar ‘um pulinho’ no Centro. Assim como Barbarah Andrette, de 26 anos, que estava na loja comprando utensílios domésticos e aproveitou para comprar artigos juninos para o filho.
Barbarah explica que neste ano a família fará uma festa simbólica de São João em casa mesmo, sem aglomerações, só para manter a tradição junina, principalmente para o filho de 3 anos. “Vou colocar bandeirinhas em casa e vamos colocar os adereços juninos. Vai ter algumas comidas típicas também, algo caseiro e simbólico. Mais para a família de casa mesmo, sem aglomerações”, disse à reportagem.
Pirotecnia em baixa
Quando falamos em festas juninas, também lembramos dos fogos de artifício. No entanto, sem as festas pela cidade abertas ao público, as lojas de pirotecnia amargam um baixo lucro nesta época do ano.
Proprietário de uma loja na Ernesto Geisel, Álvaro Gaspareto, de 48 anos, disse que as vendas caíram quase 70%. A loja tem vendido mais artigos para pessoas que moram na área rural, que compram esses produtos para espantar bichos com o barulho, explicou.
“Não tem shows, não tem eventos, não tem aniversários. Estamos praticamente parados. A esperança é que os eventos possam ser liberados logo para que as vendas melhorem”, disse Álvaro.
Nesta época do ano, Álvaro também diz que a loja gerava empregos pois, devido a demanda, contratava até 12 pessoas temporariamente. Agora, ele mantém apenas uma pessoa fixa.
Segundo ele, o mês de junho está praticamente perdido, pois sem os eventos juninos, não há muito o que se vender. O empresário diz que se as vendas não melhorarem até outubro, a loja pode fechar as portas. “Se não voltar o movimento até outubro, vai ser complicado manter aberto”, afirmou.
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