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Economia

No último mês de pesca esportiva, turismo já comemora resultados em MS

O período de pesca esportiva (pesque-e-solte) em MS segue até o próximo dia 5 de novembro. A partir desta data, tem início a piracema, quando a maioria dos cardumes entram em período reprodutivo – inclusive o dourado, uma das espécies que simbolizam a fauna dos rios de MS, que retorna à bacia do Rio Paraguai. […]
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Foto: Saul Schramm | Governo do Estado de MS | Divulgação
Foto: Saul Schramm | Governo do Estado de MS | Divulgação

O período de pesca esportiva (pesque-e-solte) em MS segue até o próximo dia 5 de novembro. A partir desta data, tem início a , quando a maioria dos cardumes entram em período reprodutivo – inclusive o dourado, uma das espécies que simbolizam a fauna dos rios de MS, que retorna à bacia do .

O rio também é o principal polo pesqueiro do Estado e concentra a maior parte dos retornos financeiros decorrentes desse mercado. A propósito, a atual temporada de pesca foi classificada como excelente por quem explora o turístico de pesca: Barcos-hotéis, pesqueiros e pousadas tiveram e terão, nos próximos 30 dias, lotação máxima – o que gera expectativa de que o fluxo turístico mantenha-se em 2020.

No último mês de pesca esportiva, turismo já comemora resultados em MS
Foto: Saul Schramm | Governo do Estado de MS | Divulgação

No próximo ano tem uma novidade: entrará em vigor em 1º de janeiro a nova legislação ambiental, que determina cota zero para as principais espécies. Durante a aprovação, a medida foi considerada polêmica, já que atualmente a lei permite pesca 5 kg e mais um exemplar. O ano de 2020, portanto, trará um novo paradigma para o turismo de pesca.

“Os meus clientes apoiam em cem por cento a cota zero e estão renovando as reservas para o próximo ano”, diz a empresária de turismo Joice Santana, de Corumbá, cuja agência opera com turismo de pesca no Rio Paraguai há mais de 20 anos e hoje conta com uma frota de onze barcos-hotéis. “O dourado tem sido o peixe mais fisgado e isso demonstra que a proibição da captura de outras espécies será bom para todos, principalmente para o Pantanal”, sustenta. “Vamos ter um 2020 muito bom de pesca”.

O otimismo do trade reflete a satisfação do pescador em fisgar grande exemplar de um dourado, pacu, jau ou pintado, fato raro nos anos anteriores. Marju Venturini, do Parque Hotel Passo do Lontra (Corumbá), classifica a temporada como uma das melhores da década e projeta mais turistas no próximo ano com o advento da cota zero. “Estamos lotados em outubro, o turista está engajado no pesque-solte e o movimento vai dobrar em 2020”, garante.

Para o empresário Áttila Lellis, da Pousada Inhuma, no distrito de Albuquerque (Corumbá), 2019 está sendo um ano de fartura de peixes e manteve o fluxo turístico, apesar da extensão das queimadas na região, cuja fuligem ainda incomoda os visitantes. “Muitos turistas compraram pacote de cinco dias e em três dias já conseguiram a cota (5 kg e mais um exemplar). A cota zero é uma questão de adaptação, vai pegar a partir do segundo ano”, comenta.

Hoje apoiador da nova legislação pesqueira, o empresário Marcos Aurélio Nunes, 51, dono de pousada em Porto Murtinho, também fez uma avaliação positiva da temporada de pesca e está com lotação completa para o último mês. “Voltamos a ter uma boa safra de peixe, o dourado tem garantido as melhores emoções e os pescadores estão fazendo reservas para o próximo ano”, diz, animado. “O pescador quer emoções, poucos estão tirando o peixe do rio.”

Pescar em família

O Rio Paraguai é o principal polo pesqueiro do Estado, com um diferencial em relação às demais regiões tradicionais de pesca esportiva: as belezas naturais do Pantanal, entre Corumbá e Porto Murtinho. São mais de 1.500 km de rio para desfrute e as duas cidades oferecem uma das melhores estruturas de barcos-hotéis, onde o pescador tem toda comodidade – da isca ao uísque – e ainda goza do prazer de vivenciar um dos biomas mais preservados.

No último mês de pesca esportiva, turismo já comemora resultados em MS
Foto: Saul Schramm | Governo do Estado de MS | Divulgação

Há, ainda, uma variedade de locais para passar o dia na beira dos rios ou embarcado com amigos ou em família. Exemplo das corredeiras do Aquidauana, entre os distritos de (Dois Irmãos do Buriti) e Piraputanga (Aquidauana), cortando uma região de morraria que agora ganha a pavimentação, pelo Governo do Estado, da Estrada Ecológica. O mesmo Aquidauana passa por Corguinho (distante 100 km da Capital), onde fica o Poço do Jau.

Outros rios piscosos, com fácil acesso: e Taquari, na região Norte; o Paraná, divisa com e Paraná; Dourados, Miranda, Abobral (Pantanal da Nhecolândia, com acesso pela Estrada-Parque, a MS-184)) e Piquiri (divisa com Mato Grosso). No Passo do Lontra (MS-184, acesso pela BR-262), em Corumbá, o Miranda recebe as águas do Aquidauana e atrai pescadores de todo o país. Tem boa estrutura de hospedagem e pesca, incluindo áreas de camping.

PMA em operação

O período de defeso para reprodução dos peixes, abrangendo os rios da bacia do Rio Paraguai, se estende de 5 de novembro a 28 de fevereiro. Nestes quase quatro meses, as principais espécies comerciais dos rios do Estado (pacu, pintado, cachara, curimba e dourado) estão protegidas para fazer a longa viagem em direção às cabeceiras e se reproduzirem, espetáculo que ganhou o nome na língua tupi-guarani de “piracema” (saída de peixes).

Com a previsão de maior movimento de pescadores nos rios, por ser o último mês de pesca do ano e com o feriado prolongado, entre os dias 11 a 13, a Polícia Militar Ambiental (PMA) iniciou no último dia 1º a Operação Pré-Piracema, envolvendo 360 policiais em todo o Estado. O objetivo é intensificar a fiscalização, prevenindo e reprimindo a pesca predatória, além de combater outros crimes ambientais, como o tráfico de papagaios em período de reprodução.

Ao anunciar a antecipação da Operação Piracema, a PMA divulgou um balanço das apreensões, prisões e autuações ocorridas no mês de outubro de 2017 e 2018. De um ano para outro, as autuações (maioria por pesca ilegal) reduziram em 51,13%, com 38 prisões em 2018. A quantidade de pescado apreendido ficou entre 684 quilos (2017) e 605 quilos (2018). Os valores das multas por pesca predatória também foram semelhantes: R$ 87 mil e R$ 85 mil.

(Assessoria)

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