O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (23), de olho na trajetória da moeda no exterior e tentando engatar um leve movimento de correção após o forte recuo da última sexta.

A moeda norte-americana subiu 0,2%, a R$ 3,782, após chegar a R$ 3,8025 na máxima do dia.  Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,94, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“A agenda está tranquila… não há motivo para uma correção da mesma magnitude da queda de sexta-feira”, justificou à Reuters a estrategista de câmbio da corretora Ourinvest Fernanda Consorte, ao citar ainda o movimento misto do dólar ante divisas de emergentes no exterior.

Na última sexta, expectativas em torno da definição das chapas que concorrerão à presidência ajudaram a derrubar o dólar. O mercado tem monitorado a candidatura de políticos considerados mais comprometidos com as reformas econômicas.

Muitos investidores vem desmontando operações compradas (em que apostam na alta da moeda), com a possibilidade de maior apoio a candidatos reformatistas. “É cedo para dizer que o dólar mudou de patamar… temos que ver a percepção do público”, acrescentou a estrategista da Ourinvest.

Cenário externo

O foco do mercado também está voltado ao exterior, com a guerra comercial entre Estados Unidos e outros países abastecendo o noticiário.

Além disso, o presidente Donald Trump disse ao Irã que o país arriscava consequências “do tipo que poucos sofreram antes ao longo da história” se a república islâmica fizesse mais ameaças contra os Estados Unidos.

Suas palavras foram publicadas no Twitter horas depois que o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse a Trump que políticas hostis contra Teerã poderiam levar à “mãe de todas as guerras”.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 10,5 bilhões do total de US$ 14,023 bilhões de dos contratos que vencem em agosto.

*Por G1