O dólar fechou em queda de 1,7%, cotado a R$ 3,7768, nesta sexta-feira diante dos últimos desdobramentos no cenário eleitoral do país. É o menor valor da moeda americana desde 25 de junho, quando fechou em R$ 3,7766. Com esse resultado, houve desvalorização de 1,89% no acumulado da semana — a terceira sem intervenções do Banco Central no mercado.

Também influenciado pelo noticiário político, o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,4%, aos 78.571,29 pontos. Na máxima, o indicador foi a 79.448,74 pontos. O giro financeiro foi de R$ 13,1 bilhões. O bom desempenho garantiu a alta de 2,58% da Bolsa nesta semana.

O resultado reflete o otimismo do mercado com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), visto como um presidenciável pró-reformas. Na quinta, o tucano viu sua campanha ser fortalecida ao receber o apoio do grupo de partidos conhecido como Centrão — algo que vai garantir ao candidato metade de todo o tempo de TV.
“O apoio do Centrão a Alckmin tem dois significados importantes para o mercado. O primeiro é o fortalecimento da candidatura do ex-governador, que ainda não se sabe se será suficiente para alavancar votos. O segundo, talvez até mais importante, é o enfraquecimento da candidatura de Ciro Gomes, que por si só já é algo visto como positivo”, disse Hideaki Iha, operador da Fair Corretora.
O cenário externo deu sua contribuição, uma vez que a moeda americana se enfraqueceu ante divisas fortes e emergentes, ainda como reflexo das manifestações do presidente americano, Donald Trump, contra as elevações de juros do Federal Reserve.