Valor de ações trabalhistas de 2016 supera receita de 75 cidades em MS
Total foi R$ 340 mi; indústrias provocaram mais ações
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Total foi R$ 340 mi; indústrias provocaram mais ações
Empresas de Mato Grosso do Sul pagaram, no ano passado, R$ 340 milhões em indenizações trabalhistas, cifra que supera a receita de 75 dos 79 municípios. O dado aparece num comunicado publicado nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), 24ª Região de MS.
Dos R$ 340 milhões pagos por força das ações trabalhistas, 36% (ou R$ 122,4 milhões) foram destinados aos trabalhadores do setor industrial, reflexo direto da crise econômica que prejudicou o desempenho das indústrias, segundo a nota da corte trabalhista.
O assunto motivou audiência, nesta segunda-feira (13) com participação do presidente do TRT-MS, o desembargador João de Deus Gomes de Souza e o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, na sede do tribunal, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Quanto ao valor das ações trabalhistas, Longen disse a situação “preocupa e muito”. Ele afirmou, ainda, que “a nova reforma trabalhista que está sendo discutida caminha justamente nessa direção [evolução nas negociações], que é a valorização dos acordos coletivos laborais e patronais”.
Já o desembargador João de Deus argumenta que o número de ações trabalhistas também preocupa o Tribunal Regional do Trabalho.
“O foco da minha administração nesses 24 meses é diminuir o número de ações, bem como o lapso de tempo da durabilidade do processo na Justiça do Trabalho. Para isso, uma alternativa é a conciliação”, afirmou, completando que também pretende incentivar os acordos extrajudiciais.
Na nota da corte está escrito também que desde 2011, o TRT/MS conta com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, que tem competência para mediar na fase pré-processual (conflitos coletivos) e conciliar processos em andamento em 1º e 2º Graus, inclusive aqueles pendentes de julgamento no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
O presidente do TRT informou, ainda, que neste ano será criado um Núcleo de Conciliação do 1º Grau para agilizar a tramitação dos processos, em Campo Grande.
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