Petrobras aumenta produção de petróleo e gás em 7% no primeiro trimestre de 2017

2,805 bilhões de barris de óleo

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2,805 bilhões de barris de óleo

A Petrobras aumentou sua produção total de petróleo e gás natural em 7% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A estatal produziu, nos primeiros três meses do ano, 2,805 bilhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).Petrobras aumenta produção de petróleo e gás em 7% no primeiro trimestre de 2017

A produção média de petróleo no Brasil atingiu 2,182 bilhões de barris de petróleo por dia (bpd), representando aumento de 10% na comparação com os primeiros três meses de 2016. Para o presidente da Petrobras, Pedro Parente, a única nota negativa nos resultados operacionais foi a queda de 5% na venda de derivados no Brasil, com 1,961 milhão de barris por dia. “Estamos com o mercado menor este ano do que foi no ano passado”, disse Parente.

Para o presidente, a Petrobras também ampliou sua posição de exportadora líquida, com um aumento de 72% nas exportações e redução de importações em 40%, na comparação entre os primeiros trimestres de 2016 e 2017, com as exportações ocorrendo com valores elevados pelo aumento do petróleo brent e da valorização dos óleos nacionais.

Pré-Sal

O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Ivan Monteiro, disse que houve uma maior participação dos óleos nacionais vindos do pré-sal em qualidade superior ao que vinha sendo produzido. “Esse óleo está sendo processado nas próprias refinarias da companhia. Havendo um excedente na produção, foi exportado, com expressivo crescimento da exportação que encontra dois dados muito positivos no desempenho da companhia. Primeiro, o preço que, comparativamente ao ano passado, é maior, o que faz com que o faturamento das exportações seja maior, e também tem redução no custo de logística”, disse.

O diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, disse que houve um expressivo aumento na oferta nacional de gás natural, o que provocou uma queda na importação de gás da Bolívia. “Para o segundo trimestre existe uma tendência de maior demanda de gás natural fruto da maior geração termelétrica, mas a maior oferta de gás natural está melhorando muito a rentabilidade dos negócios na área de gás e energia”.

A Petrobras teve no primeiro trimestre lucro líquido de R$ 4,4 bilhões  e lucro operacional (receitas menos impostos e encargos financeiros) de R$ 14,2 bilhões.

A companhia alcançou ainda uma elevação de 19% no Ebitda ( sigla em inglês para Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador usado no mercado financeiro para avaliação da geração de caixa, que foi R$ 25,2 bilhões no primeiro trimestre. “Esta não é a maior [elevação no Ebitda] da empresa, mas é o maior valor desde 2009”, disse Parente.

O presidente disse que o fluxo de caixa livre atingiu R$13,3 bilhões, o que representa oito trimestres positivos consecutivos e é 5,6 vezes maior que o valor registrado no mesmo trimestre no ano passado. A dívida bruta em reais teve redução de 5% e em dólares equivalente a 3% em relação a 31 de dezembro de 2016. Com relação ao prazo médio de endividamento houve um aumento de 7,46 anos no quarto trimestre do ano passado para 7,61 anos nos primeiros três messes de 2017. De acordo com Parente, isso foi uma consequência das operações de gestão da dívida.

Lava Jato

Os resultados da companhia apontam uma redução de custos em 18% nos gastos operacionais gerenciáveis, de 27% nas despesas gerais e administrativas e de 17 % no efetivo de pessoal da Petrobras. “Tivemos um primeiro trimestre muito bom e estamos muito satisfeitos”, disse Parente.

Ainda na coletiva de apresentação dos resultados da companhia, Pedro Parente informou que no processo de governança foram aplicadas no ano passado 594 sanções, entre as quais 37 demissões por motivos diversos. Segundo o presidente, não necessariamente essas demissões estão ligadas às denúncias de propinas denunciadas na Operação Lava Jato.

O diretor de Governança e Conformidade, João Elek, disse que as apurações da companhia sobre denúncias de recebimento de pagamentos envolvendo o ex-presidente da estatal, Aldemir Bendine, indicaram que não há evidências de que isso tenha ocorrido. “Ao longo das delações, houve alegações do tipo de envolvimento do nome dele em eventual recibo de alguma atividade e foi já comprovado que nada disso aconteceu”, disse.

O diretor disse que permanece em andamento o processo de análise das empresas envolvidas em propinas que tinham contratos com a Petrobras, para avaliar quais voltarão a operar com a companhia. Elek disse que as empresas que foram denunciadas na Lava Jato foram elencadas e a Petrobras definiu critérios que estão sendo usados e que foram apresentados com transparência para as autoridades que exigem a celebração de acordo de leniência.

De acordo com Elek, foi acertada ainda “uma série de elementos na implantação de um sólido programa de integridade”, auditado e celebrado em termos de comprometimento da manutenção de boas práticas. “Estamos em estágio adiantado de negociação desses termos com as empresas, então, este processo está em franco andamento e muito rapidamente a gente vai ter notícias”, disse.

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