Setor da construção em MS reagiu ao anunciou

Um mês após liberar saque das contas inativas do (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), o governo do presidente Michel Temer (PMDB) pode restringir o número de trabalhadores que poderão fazer retirar o dinheiro, informa nesta manhã o Jornal Folha de São Paulo. A mudança é vista como um aceno para o setor da – contrário a medida –, tendo em vista que o benefício  financia a construção de imóveis e projetos de saneamento básico.

Em dezembro passado, Temer declarou que a medida para “afirmar a economia” liberaria R$ 30 bilhões do fundo para ajudar trabalhadores a quitar dívidas, uma forma de auxiliar a retomada da economia diante da recessão. O saque seria autorizado para todos que possuem contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) inativas, sem novos depósitos após 31 de dezembro de 2015.

O discurso agora é outro, apenas uma parcela deve ser atendida, e a liberação só incidirá sobre um parcela de pessoas, como os mais endividados e de baixa renda. Assim, seriam usadas somente as contas de saldo maior, uma vez que aqueles que sacassem tudo não teriam poupança e deixariam de aplicar os recursos em investimentos.

Pelo Twitter, o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, negou a imposição de limite ao saque, e reiterou a autorização ao saque das contas inativas do FGTS, mas ainda não definiu o cronograma para a liberação dos saldos.

Em Mato Grosso do Sul, o setor da construção reagiu ao anunciou de Michel Temer, e desaprovou o plano para retomar a economia. Amarildo Mirando Melo, presidente da SindusConMS (Sindicato Intermunicipal da Indústria do Estado de Mato Grosso do Sul), indicou que a medida do governo é uma “ação incorreta”, e disse que está é uma “questão de bom senso”.

“Isso a gente vê com muito pesar, isso não é bom. Está tirando o foco daquilo que é a função do FGTS. Ele não foi feito para a pessoa pegar o dinheiro e sair por aí pagando conta, é um dinheiro que deve ser usado basicamente para fazer investimento. Vemos com maus olhos essa medida do governo”, criticou.

E completou: “O FGTS sempre foi usado, desde a sua criação, para possibilidade de investimento da pessoa que o tem de comprar um bem seu, que a coisa mais importante de uma pessoa é ter um teto. Quando o governo tira o foco, só para o dinheiro cair na praça, pagar conta, deixa de ter um beneficio maior”, finalizou o sindicalista.