Recuava 0,57 por cento

O dólar operava em queda ante o real nesta sexta-feira, num movimento de correção após as recentes altas geradas pelos temores sobre a votação da reforma da Previdência que, na véspera, foi adiada para o início de 2018.Dólar recua ante o real com correção após adiamento da reforma da Previdência

Às 11:59, o dólar recuava 0,57 por cento, a 3,3176 reais na venda, depois de acumular alta de 3,28 por cento em apenas seis pregões e chegar ao maior patamar em quase seis meses. Na mínima, registrou 3,3138 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,80 por cento. 

“Com a definição da data da votação (da reforma) para fevereiro, o mercado deve ter menos movimentos bruscos, ficar mais em cima de fundamentos, acompanhando ativos internos e externos”, afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

A votação da reforma foi agendada para 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados, depois de o governo atuar fortemente para tentar angariar apoio político para aprová-la na Casa ainda neste ano.

Sem sucesso, o temor agora dos agentes econômicos é que o Brasil possa ser novamente rebaixado pelas agências de classificação de risco, já que a reforma da Previdência é considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem e estancar a escalada da dívida do país.

Na véspera, a agência Moody’s informou que o adiamento da votação era fator negativo para o Brasil, enquanto que para a Fitch novos adiamentos podem colocar em risco a viabilidade do teto de gastos e a estabilização da dívida no médio prazo.

O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a 7,7 bilhões de dólares do total de 9,638 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.

Nesta sessão, os investidores também acompanhavam a trajetória do dólar no exterior, onde operava em queda ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Sobre uma cesta de moedas, o dólar rondava a estabilidade, uma vez que o debate no Congresso dos Estados Unidos sobre a proposta de reforma tributária afetou a confiança de que as reformas serão aprovadas em sua forma atual.