Índice caiu pela quarta vez

Transportes e habitação foram os vilões da inflação em setembro, em Campo Grande. O grupo habitação teve alta de 0,44% em relação ao mês anterior. Já o grupo transportes teve alta de 1,37%. A alimentação contribuiu para segurar a inflação, pois registrou deflação de -0,31%. O IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) é calculado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp.

Em setembro, a inflação medida IPC/CG fechou em 0,26%, uma queda de 0,04% em relação ao mês anterior. O indicador também ficou abaixo do registrado em setembro de 2015, quando chegou a 0,57%. Esta foi a quarta queda consecutiva em 2016 e o menor índice do ano. A inflação acumulada nos últimos doze meses caiu de 9,33% (até agosto) para 8,99%, mas ainda está acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

Em setembro, o grupo habitação teve alta motivada, principalmente, pelo aumento de produtos de uso doméstico, como fósforos (5,63%), sabão em barra (4,11%) e álcool para limpeza (3,61%). Quedas de preços ocorreram com lustra móveis (-7,54%), detergente (-5,01%), água sanitária (-5%), entre outros. 

O grupo transporte teve variação positiva devido a aumentos de preços da gasolina (6,72%) e de carros novos (0,34%). O etanol caiu -0,96%. O grupo Educação apresentou estabilidade e fechou com índice de 0%. 

O grupo alimentação registrou deflação no geral, porém, as maiores altas de preços ocorreram com: limão (24,93%), farinha láctea (20,26%), queijo cremoso (19,66%), entre outros. Quedas foram identificadas com: abobrinha (-36,27%), salsa (-33,35%) e batata (-22,99%).Transporte e habitação foram os vilões da inflação em setembro na Capital

Dos 15 cortes de carnes bovina pesquisados pelo Nepes, nove deles sofreram aumentos de preços: patinho (14,80%), filé mignon (11,32%), cupim (9,44%), picanha (8,97%), contrafilé (8,42%), peito (8,18%), coxão mole (5,89%), costela (5,33%) e acém (3,90%). Já os que tiveram redução de valor, são: fígado (-5,03), lagarto (-3,42%), alcatra (-2,87%), paleta (-2,46%), vísceras de boi (-0,52%) e músculo (-0,24%). 

Em relação ao frango, a versão congelada teve queda de -2,01% e os miúdos de frango registraram alta de 1,83%. A carne suína apresentou aumento em todos os cortes apurados pelo departamento de pesquisa da universidade: costeleta (5,37%), pernil (0,69%) e bisteca (0,21%).