Medida funciona por 90 dias

 

O período do vazio sanitário da começa no dia 15 em Mato Grosso do Sul. Durante os 90 dias, não é permitida a existência de plantas vivas de soja, seja cultivadas ou ‘guaxas'. O objetivo da medida é prevenir e controlar uma das principais doenças que afetam a soja, a ferrugem asiática.

Para Christiano Bortolotto, presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), o vazio sanitário é de fundamental importância. “Ele garante a rentabilidade do produtor, já que diminui a necessidade de utilização de outros métodos de controle de doenças na lavoura. Gastando menos no combate de doenças, há economia direta nos custos de produção do agricultor”, explica.

“Essa e outras doenças causam grandes perdas nas lavouras e enfraquecem a produção, elevando custos e gerando maior impacto ambiental. Portanto, o vazio não pode ser descumprido. O produtor precisa se manter consciente de que esse é o principal mecanismo de combate ao desenvolvimento de ferrugem asiática”, completa.

O descumprimento das normas do vazio pode implicar em autuação da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e multa de até mil UFRMS, que é a Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul. A unidade teve seu valor estabelecido para o mês de junho em R$ R$ 23,63.

No ciclo 2013/14, foram lavrados 209 autos de infração, sendo 178 por falta de cadastro, 28 pela presença de plantas voluntárias e outros 3 por cultivo de soja dentro do período estabelecido para o vazio. Já na safra 2014/15, foram 156 autuações, sendo 111 por falta de cadastro e 42 pela presença de plantas voluntárias de soja.

Na safra 2015/2016 foram cadastrados 2.148,6 mil hectares (88,7% da área plantada), resultado maior que os 1.979 mil hectares (85,2%) da safra anterior, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).