Habitação foi o grupo responsável pelo índice

A inflação recuou mais uma vez e fechou em 0,20% conforme a medição realizada pelo IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande). O valor é 0,13% menor que o registrado em outubro, que ficou em 0,33%.  No comparativo entre a série histórica dos meses de novembro, é a menor taxa desde 2000, em que houve deflação -1,02%. O grupo responsável puxar o índice foi Habitação, que teve alta de 0,47% o que contribuiu com 0,15% da inflação geral.

A inflação também acumulou retrocesso em relação a novembro do ano passado, quando registrou 1,14%, segundo o Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da uniderp, favorecendo a queda da inflação acumulada nos 12 meses.

Além do grupo Habitação, Vestuário e Despesas Pessoais também ajudaram a compor o índice. O primeiro com inflação de 1,51%, contribuindo com 0,13% e o segundo com alta de 0,20%, e contribuição de 0,02% para a inflação.

“Tivemos a volta da bandeira amarela para a energia elétrica, o que impactou o grupo de Habitação, compensado pelos grupos Alimentação, Transportes, Educação e Saúde, que tiveram deflações em novembro”, explica o Celso Correia de Souza, coordenador do Nepes.

De acordo com o pesquisador a perspectiva para dezembro é boa, mesmo com o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras e que a inflação em Campo Grande seja instável, ou seja, que sobe em um mês e cai em outro.

“Se o índice de dezembro ficar no mesmo patamar do de novembro, é possível que a inflação de 2016 se aproxime muito do teto da meta de 6,5%, já que em dezembro de 2015 a inflação foi muito alta: 0,84%. Apesar do reajuste dos combustíveis, das festas de final de ano em que há aumento do consumo, tradicional nesse período, espera-se que a inflação seja baixa, devido à crise financeira que o país vive no momento”, explica Celso.

Acumulado

Houve redução da inflação acumulada nos últimos doze meses. De 8,30% (até outubro) a taxa caiupara 7,30%, mas ainda está acima do teto de 6,5% e do centro de 4,5% das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Nos últimos 12 meses os maiores índices acumulados por grupo foram: Educação (10,15%), Alimentação (9,62%), Despesas Pessoais (8,29%) e Saúde (7,56%).

No acumulado de 2016, a inflação já atinge 6,40%, chegando muito próxima do teto da meta de 6,5% e ultrapassando, e muito, o centro da meta do Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Registraram os maiores índices nesse período: Educação (9,94%), Alimentação (7,56%), Despesas Pessoais (8,18%) e Saúde (7,11%).