Estudo aponta que valor da tarifa de ônibus será de R$ 3,56 na Capital

Martelo deve ser batido semana que vem, segundo diretora

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Martelo deve ser batido semana que vem, segundo diretora

Um estudo feito pela Agereg (Agencia de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) revela que a passagem de ônibus em Campo Grande deve subir cerca de 9%, passando o atual valor, de R$ 3,25, para R$ 3,56. O valor é menor do que o pedem as concessionárias, que querem R$ 3,68, por cada passagem. O martelo sobre aumento ou não da tarifa só deve ser batido na semana que vem.

De acordo com diretora-presidente da Agedeg, Ritva Vieira, o aumento, do ponto de vista técnico, é praticamente inevitável. “Chegamos ao valor de R$ 3,56 através de uma fórmula parametrica de reajuste, que considera dados como INPC, índice passageiros por quilômetro, reajuste de funcionários, entre outros”, explica. Segundo ela, seria complicado falar em congelamento, considerando apenas o aumento do diesel ao longo do ano.

O posicionamento justificaria pronunciamento feito nesta sexta-feira (25) pelo prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que negou promessa feita anteriomente de que iria congelar o preço do passe. O anúncio foi feito pelo prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD) no último dia 16, após reunião na Prefeitura.

“Nunca disse que vou congelar. Disse que nós vamos trabalhar para não aumentar a tarifa, isso precisa ficar bem claro. Aumento da tarifa não vou fazer. O que posso fazer é, no máximo, a correção da inflação. Se ocorrer, vai ser por reposição da inflação”, afirmou Bernal.

Ainda segundo a diretora da agereg, as concessionárias pedem valor de reajuste ainda maior, de 13%. “Eles querem R$ 3,68, mas para isso seria preciso uma mudança na forma de cálculo, o que é impossível apenas com base em requerimento. Para isso seria necessário um novo estudo para avaliar cada ponto. O posicionamento técnico da Agereg, é de que com base no estudo atual, a tarifa seja reajustada para R$ 3,56”, complementou Ritva.

Bernal ainda não informou quando tomará a decisão, mas segundo Ritva, é provável que a definição saia na próxima semana. “Teve atraso, a data correta seria no último dia 18, mas por um atraso no dissídio da categoria, ocorreu esse atraso e o prefeito precisa analisar para definir, mas isso precisa ser resolvido de qualquer forma, acho que até semana que vem será batido martelo”, finalizou.

O possível reajuste passa a valer após decreto com a estrutura tarifária do sistema municipal de transporte coletivo, que é feito oficialmente no Diário Oficial. 

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