Alta de 0,11%

Depois de passar praticamente todo o dia operando em queda, o dólar mudou de rumo nos últimos negócios e fechou em alta nesta segunda-feira (15), pelo terceiro dia seguido. Apesar da valorização, a moeda segue abaixo dos R$ 3,20. O dólar terminou o dia vendido a R$ 3,1885, em alta de 0,11% frente ao fechamento de sexta-feira. 

Na mínima do dia, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,1597. Na sexta, a moeda havia subido mais de 1%, com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn defendendo o regime de câmbio flutuante após comentários do presidente interino Michel Temer.

Acompanhe a cotação ao longo do dia

Às 9h09, queda de 0,31%, a R$ 3,1751
Às 9h30, queda de 0,20%, a R$ 3,1786
Às 10h, queda de 0,48%, a R$ 3,1696
Às 10h40, queda de 0,66%, a R$ 3,1638
Às 11h30, queda de 0,68%, a R$ 3,1634
Às 12h10, queda de 0,75%, a R$ 3,1612
Às 12h20, queda de 0,45%, a R$ 3,1708
Às 14h10, queda de 0,29%, a R$ 3,1756
Às 14h49, queda de 0,28%, a R$ 3,176
Às 15h29, queda de 0,31%, a R$ 3,1752
Às 16h, queda de 0,28%, a R$ 3,176

“A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, à agência Reuters.

O dólar havia saltado 1,4%, maior alta em dois meses, e encostado em R$ 3,20 na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter “um certo equilíbrio no câmbio”, sem cotações altas ou baixas demais.

A agência Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa. “Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial”, afirmou.

O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.

O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.

Interferência do BC

O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente como BC acreditam que o pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar, segundo a Reuters.

Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.

Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.