Aumento de 7,2% na energia elétrica pesa na inflação de abril em Campo Grande
IPC/CG alcançou 0,52% no mês
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IPC/CG alcançou 0,52% no mês
O aumento na conta de energia elétrica impactou na inflação de abril de Campo Grande, medida pelo IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), que alcançou 0,52%, segundo o Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Uniderp.
“O índice de abril foi influenciado, principalmente, pelo grupo Habitação, que registrou 0,81% e contribuição de 0,26%. O comportamento é explicado pelo aumento de 7,19% da energia elétrica no estado e, levando-se em conta que a bandeira tarifária passou para verde neste mesmo período, restou um resíduo de aumento de 2,64% no preço da energia elétrica”, explica o coordenador do Nepes da Uniderp, Celso Correia de Souza.
Apesar do aumento, o indicador de abril é o menor registrado em 2016 e está abaixo do índice constatado no mesmo período do ano passado (1,12%).
Além da Habitação, tiveram os maiores percentuais de contribuição para a inflação os grupos: Despesas Pessoais, com 1,23% de variação e Vestuário, com 1,11%. “Já o grupo de Alimentação, que na maioria das vezes é o principal responsável pela inflação do mês, apresentou-se mais conservador, fechando em 0,32%”, complementa ele.
O grupo Alimentação teve inflação de 0,32%. Os maiores aumentos foram constatados em: batata (15,36%), limão (5,06%), melão (4,93%), ovos (4,67%), entre outros. Fortes quedas de preços ocorreram com: doces em calda (-6,33%), manteiga (-5,97%), abobrinha (-5,37%), entre outros com menores quedas.
“A oscilação de preços de verduras, frutas e legumes é comum, pois são produtos que sofrem a influência de fatores climáticose a sazonalidade de produção. Alguns alimentos aumentam de preços ao término das safras, outros diminuem de valor quando entram nas safras. Quando o clima é desfavorável há aumento nos preços e, quando é favorável, ocorre o feito inverso”, comenta Celso Correia de Souza.
Dos 15 cortes de carnes bovina pesquisados pelo Nepes da Uniderp, nove deles sofreram aumentos de preços. Foram eles: picanha (5,23%), músculo (5,04%), cupim (4,89%), costela (4,45%), filé mignon (3,87%), vísceras de boi (2,52%), paleta (2 ,29%), contrafilé (2,23%) e lagarto (2 ,17%). Quedas de preços ocorreram com: coxão mole (-4,19%), acém (-3,80%), patinho(-1,92%), fígado (-1,53%), alcatra (-1,16%), ponta de peito (-0,07%).
Despesas Pessoais fechou abril com de 1,23%. Alguns produtos/serviços deste grupo que tiveram aumentos de preços foram: papel higiênico (5,80%), hidratante (5,14%), serviços de cartório (4,03%), entre outros. Quedas de preços ocorreram com: fio dental (-1,48%), produto para limpeza de pele (-0,81%) e sabonete (-0,65%).
O grupo Saúde apresentou deflação uma pequena deflação em seu índice, de -0,12%. Já, o grupo Vestuário registou aumento de 1,11%.
Acumulado
A inflação acumulada nos últimos doze meses, em Campo Grande, recuou para 9,30%, mas ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 6,5% e do centro da meta, de 4,5%. Neste período, as maiores inflações acumuladas ocorrem com os grupos Alimentação, que aumentou 18,21%, Educação, que subiu 11,75% e Despesas Pessoais, com alta de 10,03%.
“A melhoria no clima, esperado a partir de abril, deverá impactar positivamente na produção de hortifrutícolas e carnes. A inflação pode continuar em baixa na cidade de Campo Grande. Certamente, a exportação da carne bovina continuará penalizando a inflação do produto. Deve-se considerar que os preços dos medicamentos poderão impactar a inflação a partir do mês de maio quando as novas tabelas chegarem nas farmácias”, estima o pesquisador.
No 1º trimestre do ano, a inflação acumulada de Campo Grande foi de 3,65%. Os maiores índices, por grupo, foram: Educação, com 10% e Alimentação 6,03%.
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