Segundo o ministro, países do Brics também têm que se adaptar

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira que o ajuste fiscal visa corrigir um desequilíbrio e preparar o Brasil a enfrentar mudanças no quadro econômico mundial. “A situação exige esforço, exige inteligência nas medidas e pune a complacência. Se evitarmos a complacência e agirmos com rapidez e firmeza, acho que podemos dar a volta e voltarmos para o crescimento”, afirmou.

Levy participou de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados para dar detalhes sobre a Operação Zelotes, deflagrada em março de 2015 para desarticular uma organização suspeita de manipular julgamentos de processos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda, que teria desviado R$ 19 bilhões.

Pouco antes de apresentar as ações que o governo vem adotando para reformular o Carf, Levy declarou que essa é uma das medidas para “colocar a economia num caminho de crescimento, de recuperação num ambiente externo que exige que a gente responda adequadamente a esses desafios”.

Avaliou ainda que o desdobramento da Operação Zelotes é muito importante pelo papel crucial que esse Conselho tem no funcionamento da economia brasileira.

Segundo o ministro, os países do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – também têm que se adaptar, além de outras nações como México e Indonésia. Levy frisou ainda que, se houver uma reação confusa, a recuperação será mais difícil.