Redução de preços não amplia exportação brasileira de carnes
O processo de queda não chega a representar novidade
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O processo de queda não chega a representar novidade
Coligidos pelo Ministério da Agricultura, dados da SECEX/MDIC relativos aos oito primeiros meses de 2015 (dois terços do ano) mostram que apenas um dos oito tipos de carnes exportadas pelo Brasil obteve preço maior que o do mesmo período do ano passado: a carne bovina industrializada.
Ou seja: perderam preço – em índices que variaram de um mínimo de 6,37% a um máximo de 22,48% – as quatro carnes in natura exportadas (de frango, bovina, suína e de peru), bem como os industrializados de três delas (de frango, de peru e suína).
O processo de queda não chega a representar novidade, pois começou no ano passado como reflexo, sobretudo, de dificuldades econômicas nos países importadores.
Mas no caso brasileiro as reduções se acentuaram à medida que o dólar se fortalecia, abrindo caminho para negociações que, mesmo não sendo tão rentáveis em dólar, deveriam implicar em aumento dos volumes negociados.
Mas nem isso se concretizou até agora. Porque o volume exportado no período analisado mantém-se, praticamente, nos mesmos níveis de 2014, chegando a apresentar pequena redução, próxima de meio por cento.
Porém, poderia ser pior. O que não ocorre porque a forte diminuição, de quase 20%, no volume de carne bovina in natura, bem como a redução de cerca de 5% nos industrializados de frango vêm sendo compensados por um aumento (proporcionalmente pequeno em relação às quedas no preço médio) dos demais itens exportados.
O efeito disso, obviamente, recai sobre a receita cambial, negativa para a maioria das carnes, exceto a bovina industrializada e a de peru in natura. O que pouco resolve, pois, ao final, os dólares captados pelo País somam 14,38% menos que há um ano.
Neste caso, menos mal para o setor exportador de carnes porque as exportações brasileiras em geral sofreram retrocesso ligeiramente maior, de quase 17%.
Com isso, as carnes mantiveram sua participação na balança comercial, respondendo por pouco mais de 7% da receita cambial do Brasil.
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