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Economia

Grécia confirma que apresentou nova proposta aos seus credores

Grécia não pagou parcela de € 1,6 bilhão de dívida que venceu na véspera
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não pagou parcela de € 1,6 bilhão de dívida que venceu na véspera

O governo grego confirmou nesta quarta-feira (1º) que enviou na véspera aos credores “uma nova proposta com uma série de modificações” em relação a que foi apresentada, acompanhada de uma carta do primeiro-ministro Alexis Tsipras à UE, BCE e FMI. O documento foi obtido pelo jornal britânico “Financial Times”.

“A nova proposta do governo grego pede um novo acordo que defina as questões de financiamento, com o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), para que a dívida seja viável e favoreça uma perspectiva de crescimento”, afirma em um comunicado uma fonte do governo.

O objetivo, destaca, é chegar a um acordo reciprocamente benéfico”.

A Grécia não pagou a parcela de € 1,6 bilhão de sua dívida que venceu às 19 horas (horário de ) desta terça-feira (30) e entrou em moratória (atraso), confirmou poucos minutos depois do prazo o Fundo Monetário Internacional (FMI), credor do pagamento. O país é a primeira economia avançada a ficar em atraso com o órgão.

Na carta ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao presidente do BCE, Mario Draghi, e à diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, Tsipras detalha as propostas gregas, explicando que o IVA deve permanecer em 13% para os hotéis, e não 23%, como desejam os credores.

Também afirma que seguirá em vigor a redução do IVA nas ilhas gregas, um dos pontos de divergência nas negociações entreAtenas e os credores.

Atenas propõe ainda a aplicação a partir de setembro da reforma do setor trabalhista, com o retorno das convenções coletivas, suprimidas como parte das medidas de austeridade dos últimos anos.

O primeiro-ministro se mostra, no entanto, aberto a algumas concessões, como a redução dos gastos militares em 400 milhões de euros, e não em 200 milhões, como desejava a princípio.

Também está disposto a adotar uma reforma previdenciária a partir de outubro de 2015.

Zona do euro resista
A Eurozona “pode resistir” aos efeitos da crise grega graças aos passos dados nos últimos anos, que a tornaram mais forte, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

“Aconteça o que acontecer com a Grécia, estou convencido de que a União monetária e econômica será capaz de resistir” às consequências, afirmou em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

RESUMO DO CASO:
– A Grécia enfrenta uma forte por ter gastado mais do que podia.
– Essa dívida foi financiada por empréstimos do FMI e do resto da Europa
– Nesta terça-feira (30), venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI, mas o país depende de recursos da Europa para conseguir fazer o pagamento.
– Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e pensões para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também vence nesta terça-feira
– Nesta terça, o governo grego apresentou uma nova proposta de ajuda ao Eurogrupo, que vai discutir o assunto nesta tarde
– No final de semana, o primeiro-ministro grego convocou um referendo para domingo (5 de julho). Os gregos serão consultados se concordam com as condições europeias para o empréstimo.
– Como a crise ficou mais grave, os bancos ficarão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
– Se a Grécia não pagar o FMI, entrará em “default” (situação de calote), o que pode resultar na saída do país da Zona do Euro.
– A saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de “expulsão” de um país da Zona do Euro.
– Se o calote realmente acontecer, a Grécia deve ser suspensa do Eurogrupo e do conselho do BC europeu.
– A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na região. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
– Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é “terceirizada” para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.

 

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