Dólar chega a R$ 3,45 e BC sinaliza que não vai interferir no câmbio

Nas últimas nove sessões, moeda subiu em oito

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Nas últimas nove sessões, moeda subiu em oito

Influenciado pelo cenário internacional e pelo conflito político no Brasil, o dólar voltou a fechar em alta nesta segunda-feira. A moeda norte-americana avançou 0,87%, a R$ 3,4545 na venda – voltando a ultrapassar o nível mais alto desde 2003

Nas últimas nove sessões, moeda subiu em oito. Só em julho, o dólar subiu pouco mais de 10% sobre o real. Em 2015, a moeda acumula alta de 29,93%.

Mesmo com a alta expressiva, uma pressão cada vez maior sobre a inflação, o Banco Central sinalizou que não vai aumentar suas intervenções no câmbio. Diariamente o BC realiza leilões para aumentar a oferta de dólares no país e evitar uma disparada mais brusca da moeda.

Alguns operadores acreditavam que o BC poderia aumentar o ritmo da rolagem diante da escalada do dólar, que tende a pressionar a inflação ao encarecer importados.

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O mercado de câmbio brasileiro tem sido pressionado pelo cenário externo, com apreensão sobre a desaceleração da economia chinesa, principal parceiro comercial do Brasil, e pela perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos, que podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no mercado brasileiro.

Além disso, o conturbado cenário político também teve influencia. Pesou a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pela 17ª etapa da Operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção no país e o término do recesso parlamentar no Brasil deve alçar de volta ao centro das atenções os atritos entre o Legislativo e Executivo na aprovação de medidas que integram os esforços do governo para resgatar a credibilidade da política fiscal do país, motivando cautela nas mesas de operação.

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