A inflação atingiu o teto da média em julho

No acumulado dos últimos 12 meses Campo Grande registrou inflação acima da média nacional, chegando a 9,82%, enquanto no país o valor fechou em 9,56%. Já no acumulado do ano, a Capital ficou 0,48 pontos percentuais abaixo do Brasil, com 6,35% contra 6,83% no nacional. A pesquisa foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os serviços básicos, como luz, água e esgoto foram os que impulsionaram a inflação. A energia foi a que sofreu maior variação nacional, tendo aumento de 4,17%. Em Campo Grande a conta ficou em média 2,72% mais cara. Já os serviços de água e esgoto apresentaram variação de 2,44% no país, em compensação na Capital o serviço ficou 8,16% mais caro. Neste setor o destaque foi Goiânia, com 19,56%.

Habitação (1,52%) ficou com o mais elevado resultado de grupo, sendo pressionado, ainda, pelos artigos de limpeza (0,65%), aluguel residencial (0,49%) e condomínio (0,49%).

Já no grupo saúde e cuidados pessoais (0,84%), as mensalidades de plano de saúde foram as responsáveis por impulsionar a inflação, registrando aumento de 1,59% ao refletir parte do reajuste de 13,55% concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre os contratos individuais/familiares.

O IPCA de julho, excepcionalmente, incorporou ajustes relativos aos meses de maio e junho, em razão do reajuste ser válido para o período de maio de 2015 a abril de 2016. No grupo, destacaram-se, também, os seguintes itens: Artigos de higiene pessoal (0,92%), Serviços laboratoriais e hospitalares(0,62%) e Serviços médicos e dentários (0,48%).

Os grupos que registraram menor variação foram os de Comunicação (0,30%), Transportes (0,15%), Educação(0,00%) e Vestuário (-0,31%). Nos Transportes destacaram-se as passagens aéreas, com 0,78%, contra 29,19% em junho. A gasolina, responsável por parcela significativa da despesa das famílias, ficou 0,29% mais barata de um mês para o outro. A queda foi ainda mais expressiva no litro do etanol, cujos preços caíram 1,79%.

IPCA de julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,58% em julho e ficou 0,19 pontos percentuais abaixo do resultado de junho (0,77%).

Porém o decréscimo mensal não é suficiente para diminuir o acumulado do ano, que foi para 7,42%, acima da taxa de 3,92% relativa mesmo período de 2014. No acumulado dos últimos doze meses, o índice está em 9,81%, acima dos 9,31% relativos aos doze meses anteriores. Em Campo Grande o INPC acumulado do ano ficou em 6,45%, enquanto o dos últimos doze meses está em 9,68%.

Alimentos que tiveram maior variação

A cebola continua sendo a vilã da alimentação, como variação de 160,07% nos últimos 12 meses. A batata-inglesa (37,96%), o feijão-carioca (26,02%), as carnes (19,63%) e o café (15,53%) completam o grupo dos cinco alimentos que sofreram maior inflação neste período.

Capital registra inflação acima da média nacional no acumulado de 12 meses

No sentido contrário, a cenoura ficou em média 45,26% mais barata, seguida do tomate (28,28%), feijão-fradinho (20,42%), cerveja (8,62%), pescado (8,19%) e hortaliças (6,90%).