O tempo muda e, com ele, as vitrines das lojas de vestuário ganham um novo visual. Apesar da frente fria ser passageira, é unânime entre os lojistas: as roupas de frio vieram para ficar. Isso, porque o vestuário mais pesado só deixará os manequins após o fim do inverno.

Isso acende as expectativas de um inverno com mais faturamento, se comparado ao ano passado. Para os lojistas, o frio de verdade é esperado, mas o clima mais gelado desta segunda-feira (20) já é animador.

Segundo Marielly Brito, gerente de uma loja de vestuário que fica na Rua 14 de Julho, até o momento o faturamento é 22% menor se comparado ao mesmo período do ano passado. Ela espera que este ano o frio venha mais rigoroso, “aquecendo” o comércio e, por isso, tem apostado nas liquidações.

“Em Campo Grande as pessoas têm o costume de só comprar roupa na necessidade. Só procuram roupa de frio quando faz frio. Então, nossa expectativa é que o inverno faça jus e nos traga boas vendas”, pontua.

Roupas de inverno ganham espaço nas vitrines (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Roupas de frio ou calor?

E visto que o outono, até agora, tem sido quente, fica o questionamento: montar uma vitrine com roupas de frio ou de calor?

Para Marielly, apesar disso, o foco é roupa de frio. “Mudamos a vitrine três vezes por semana, mas a ideia agora é permanecer com roupas de inverno, mesmo que volte a fazer calor, porque se não vendermos agora, não vendemos mais ao longo do ano. No calor as pessoas compram roupa de calor”, explica.

Com a loja preparada para o inverno, a empresária afirma que muitos clientes têm ido até o local comprar roupas para doações às famílias das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o que tem resultado em vendas consideráveis.

Outro ponto investido é no vestuário para as festas juninas. Ela acredita que já expor desde agora pode contribuir com as vendas do mês.

“Nossos clientes já nos conhecem pelo estoque de roupas juninas. Todo ano temos uma saída grande de roupas para as festas. Então estamos expondo elas agora como estratégia para atrair mais clientes para a loja”, explica.

Roupas de inverno e junina disputam espaço em vitrines (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Roupas infantis devem movimentar mercado

Marielly conta que aguarda uma procura maior no setor de roupas infantis, visto que as crianças costumam perder roupa com frequência. Mayra Salustiano, vendedora em uma loja de roupas infantis, concorda.

“Muitas vezes as roupas do inverno passado já não servem. Quando fica fresco assim, os pais costumam já ir ver como os filhos estão de roupa e compram. A expectativa é que esse ano as vendas sejam bem melhores”, afirma.

Na loja em que Mayra trabalha, mais da metade da loja conta com vestuário de inverno desde o primeiro dia de maio. As roupas de calor foram realocadas para a parte de trás e a expectativa é que esta logística permaneça até fim de julho.

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