“Estão pela hora da morte”, define Daiane dos Santos Silva, de 38 anos, sobre o preço dos produtos alimentícios. Levantamento do Dieese divulgado nesta quinta-feira (4) mostra que, em março, houve redução de 2,43% no preço da cesta básica em Campo Grande. Mesmo assim, a diferença quase não é sentida pelo consumidor.

“O arroz está quase R$ 30. O feijão, o tanto que subiu, também não está escrito. O açúcar está caro, está tudo caro”, analisa Daiane. 

Os responsáveis pela ligeira redução no preço da cesta básica são o óleo e a batata. No entanto, para consumidores entrevistados pelo Jornal Midiamax, a diferença é quase insignificante. 

“Que bom que esses dois estão mais baratos, mas só dois produtos não adiantam. O preço de mais itens precisam ficar mais baratos”, avalia a doméstica. 

Apesar disso, a redução também é comemorada pela professora de educação física Jéssica Pereira. “É pouco, mas qualquer redução em itens da alimentação já ajuda”, considera.

Na casa dela, onde mora com o esposo, quase não há consumo de óleo porque ela prefere substituir por azeite. No entanto, o consumo de batatas é alto, o que faz o barateamento do alimento ser sentido no bolso. “São itens bastante usados pela população, então é importante quando o preço cai”, completa. 

Ainda segundo o Dieese, em três meses de 2024 a cesta básica acumula alta de 4,63% no preço. Em janeiro, os itens voltaram a custar mais de R$ 700 em Campo Grande, sendo que no segundo semestre de 2023 os valores estavam na casa dos R$ 600.

Para tentar economizar, a consumidora Talina Cardoso usa a “boa e velha” estratégia da pesquisa de preço. “Fico de olho nos preços. Quando vou em um mercado que tem preços bons, aproveito e já compro, inclusive um pouco a mais”, compartilha.