Que o preço da cesta básica em Campo Grande está nas alturas e chegou a R$ 732,75 muita gente já sabe, mas o que nem todos colocaram na ponta do lápis, são os valores de itens que deixaram de custar barato há muito tempo. Levantamento do Procon aponta que até creme dental e papel higiênico já pesam no bolso do consumidor, fazendo a compra ficar cada vez mais cara.

O preço da cesta básica na Capital chegou ao custo de R$ 732,75 e continua sendo a 5ª mais cara entre as 27 unidades da federação. No mês de abril, os alimentos básicos registraram uma ligeira alta de 0,37% em relação a março, mas acumulam uma alta de 5,03% ao ano.

A lista considera itens de higiene e limpeza, com grande variação no creme dental, que chegou a 159,82% de diferença, com valores entre R$ 2,19 e R$ 5,69 em estabelecimentos da cidade. Ele é seguido pelo papel higiênico de folha dupla e quatro unidades, com preços entre R$ 3,75 e R$ 11,89. Ainda em uma mesma marca, a variação chega a 131,73%.

Ao considerar o pacote de feijão de um quilo, os consumidores podem se deparar com preços entre R$ 6,95 a R$ 11,90. O arroz tipo 1, com cinco quilos, oscilou de R$ 21,90 a R$ 33,89. Já a farinha de mandioca branca com um quilo foi encontrada de R$ 6,95 a R$ 18,65.

A pesquisa mostra que, para um trabalhador que ganha um salário mínimo de R$ 1.412, são necessárias 114 horas de trabalho, cerca de 14 dias de trabalho, para comprar uma cesta básica. Os dados foram revelados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgadas nesta terça-feira (7), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).