‘Quentinhas’ a partir de R$ 9 são a única saída para trabalhadores do centro de Campo Grande
Seja prato-feito ou marmitex, o Centro de Campo Grande oferece várias opções de lugares para comer, mas o que realmente pesa é a soma do custo no final do mês
Fábio Oruê –
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Trabalhar do nascer até o raiar do sol de segunda a sábado e ainda ter que cuidar de casa parece muito, mas é a realidade de muita gente nos centros metropolitanos. E como ‘saco vazio não para em pé’, os trabalhadores também precisam ‘se virar nos 30’ na hora de cuidar da alimentação.
Na região central de Campo Grande, de pé e debaixo de sol, nas calçadas ou de um lado para o outro atendendo clientes, a opinião do trabalhador é unânime: a saída para quem passa o dia fora de casa é comprar uma ‘quentinha’ para almoçar pela região.
De marmita a prato-feito, em restaurantes ou ambulantes, os valores desembolsados com o almoço do proletariado varia entre R$ 10 e R$ 20 – a maioria dos entrevistados disse gastar em torno de R$ 18 reais.
O paraibano Wellington Souza, de 29 anos, gasta de R$ 17 a R$ 20 e come no Ponto do Pão de Queijo. “Só almoço aqui no restaurante aqui na frente. Compro o prato-feito”, diz ao Jornal Midiamax. Segundo funcionária do local, Iara Souza, o pico de clientes acontece entre 10h30 e 12h30.
“Nós temos já a nossa freguesia, mas também tem aqueles que não conhecem e chegam para almoçar”, conta. O restaurante oferece opções de preços de marmitex e prato-feito entre R$ 17 e R$ 22.
Trazer de casa ou comer na rua?
Entre gastar mais de R$ 200 por mês ou preparar a refeição em casa e levar marmita – que custa bem menos – a opção é óbvia, mas a barreira do exaustivo dia de trabalho junto à falta de estrutura dificulta a vida do proletariado.
“Compensa trazer [de casa], mas devido à correria eu opto por não trazer. Eu já chego em casa tarde”, explica a vendedora Eronilde Cordeiro, de 41 anos. Por R$ 18 ela garante o ‘rango’ com uma ambulante na Rua 26 de Agosto.
A vendedora do camelódromo Sônia Freitas, de 60 anos, bem que tentou levar a própria comida, mas a experiência não foi nada agradável. “Eu já trouxe de casa e tive diarreia porque a comida estragou por causa do calor; aqui não tem geladeira”, explica à reportagem.
Ela gasta em torno de R$ 15 diariamente, mas, quando quer comer “um pouquinho melhor”, desembolsa R$ 20. “[…] tem lugar que a pessoa tem coragem de cobrar 18 reais num prato de comida. Eu acho caro”, opina.
“Se fosse um dia só [pagar esse valor], mas todo dia pagar aquilo ali. Fora o café, um lanche, um banana para você comer; não dá para passar o dia todo com uma marmita”, continua.
Naquela região, o Restaurante Felipe, que fica no 1º andar do Shopping Estação, oferece prato-feito a R$ 9. Outra opção, no coração do centro da cidade, o restaurante Sabor Caseiro fica em uma porta na entrada do estacionamento do antigo Shopping Pantanal, com almoço por R$ 10.
Várias opções, único lugar no centro
Outra opção é a praça de alimentação do Pátio Central Shopping, como indicou a empresária Thais Lima, de 19 anos. “A maioria das vezes eu como no Pátio Central, onde tem vários restaurantes e a comida é boa. Tem por quilo, tem pratos, tem à la carte. A maioria das minhas funcionárias também come lá”, diz ao Jornal Midiamax.
Segundo ela, o preço médio que gasta com almoço é R$ 18. “Antigamente era bem mais barato. A gente achava almoço de 10 reais, mas hoje a gente não acha mais esses preços; é R$ 17, R$ 18 reais. Para um funcionário que come todo dia no centro é pesado”, opina.
“Não tem um preço econômico, mas vai muito da vontade do funcionário. Você trabalha o dia inteiro, chega em casa e ainda precisa fazer janta. Aí ele acaba vindo para o centro e comendo por aqui mesmo”, conta.
Gasto R$ 300 ou almoço ‘na faixa’
A vendedora Juliely Spiller, de 28 anos, trabalha na Rua 14 de Julho durante todo o dia de segunda a sábado e gasta de R$ 200 a R$ 300 em marmitex.
“Às vezes, eu fico pesquisando os valores dos marmitex e se eu gosto, fico fixa em um só”, explica ela, que indica o Restaurante Mrs. Cheff, na 14 de Julho, em frente à Praça Ary Coelho, que vende ‘quentinhas’ por R$ 10. Ela, que gasta de R$ 10 a R$ 15 diariamente, prefere comprar pela rotina.
“Eu já chego em casa cansada. Só quando eu estou muito inspirada mesmo eu faço janta”, conta ao Jornal Midiamax. Quem também come no mesmo restaurante é a vendedora Caroline Fausto, de 18 anos. Entretanto, no caso dela, é a empresa que custeia o almoço dos funcionários.
“Eu geralmente gasto entre R$ 10 e R$ 15 e como ou no Mrs Cheff ou no Cantão”, diz ela, que trabalha das 8h às 18h.
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