Começa nesta segunda-feira mais um programa do Governo Federal para ajudar os brasileiros a limpar o nome. Diferente do ‘Desenrola Brasil’, lançado na semana passada, o ‘Renegocia’ permitirá acordos com concessionárias de água, luz, telefonia e com o comércio em geral, e não apenas com bancos.

No Renegocia, a adesão não depende do limite de renda nem do valor das dívidas. No programa que passa a valer hoje, não há necessidade da adesão das empresas e toda companhia será procurada pelo Procon para que as dívidas sejam renegociadas. 

“O que se pretende com o renegocia é prevenir o superendividamento, incentivar e instruir os consumidores a adotarem uma conduta mais racional de consumo que não os leve à ruína”, afirmou Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor.

Organizado pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o programa seguirá até o dia 11 de agosto e pode ser feito pela internet, no portal Consumidor.gov.br, ou presencialmente nos nos órgãos de defesa do consumidor, a exemplo dos Procons, Ministério Público, Defensoria Pública e associações de defesa do consumidor. 

Para adesão é obrigatório apresentação do CPF, identidade e contratos das dívidas. Caso não tenha, leve qualquer documento que comprove o débito, como faturas e comprovantes de pagamento.

Desenrola Brasil

Já o programa federal “Desenrola Brasil” começou na última segunda-feira (17) com a promessa de ajudar milhões de brasileiros a quitarem as dívidas e voltarem a ter o nome limpo. Um dos destaques do programa com três etapas é a retirada automática de restrições a quem tem dívidas bancárias de até R$ 100. 

Além disso, o programa também visa ajudar na renegociação de dívidas bancárias de qualquer valor para quem tem renda de até R$ 20 mil. Os créditos reservados para a renegociação dessas dívidas totalizam cerca de R$ 50 bilhões.

Como estímulo às negociações, o governo oferece às instituições financeiras um incentivo regulatório para que aumentem a oferta de crédito.

Está prevista para setembro a última etapa para quem recebe até dois salários mínimos ou é inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Esse grupo poderá renegociar dívidas de até R$ 5 mil. 

De acordo com dados da Serasa, mais de um milhão de sul-mato-grossenses estão inadimplentes. As dívidas somavam R$ 5,29 bilhões até maio deste ano.