O consumo de energia elétrica de Mato Grosso do Sul apontou uma queda de 7% no índice de variação no mês de julho de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Conforme dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), a única classe que apontou um saldo positivo foi a do consumidor livre, com 21% na variação do consumo. Assim, MS está no ranking dos Estados com maiores variações negativas do consumo de energia no mês de julho.

Segundo o comparativo do mês de julho de 2023, a única classe que apontou uma variação positiva foi Consumidor Livre, com 21%. As demais classes apresentaram variações negativas também, com foco no Consumidor Especial (-44%), Comercializador Varejista (-32%), Autoprodutor (-13%) e Distribuidor (-11%).
Já no quesito atividades, o setor de madeira, papel e celulose lideram o ranking da área que mais consome energia com 174% de variação, seguido do transporte com 70% e extração de minerais metálicos com 36%. Em contrapartida, os setores que registraram variação negativa em julho foram químicos (-25%), comércio (-17%) e minerais não metálicos (-14%).

Ainda segundo os dados, Mato Grosso do Sul teve um consumo de 629,8 MW médios em julho. Em contrapartida, num comparativo histórico, o mesmo relatório do CCEE aponta que MS foi o Estado com maior redução de consumo de energia, com -6% em relação ao restante do país, com 705 MW médio nos últimos 12 meses.
Consumo já apresentava declínio
Ao analisar a variação de consumo de Mato Grosso do Sul entre agosto de 2022 e julho de 2023, é possível perceber que apenas os meses de outubro/22 e abril/2023 fecharam o mês com um quantitativo positivo de 1% e 5%, respectivamente. Todos os demais meses apresentaram variação negativada. O último pico foi em fevereiro de 2023 com -10% de consumo no Estado.
Enquanto isso, o saldo foi positivo para o Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste em junho.
Consumo de energia cresceu 1,7%
O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 1,7% em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 63.418 MW médios. Segundo o CCEE, o aumento reflete as temperaturas mais quentes registradas em boa parte do país e o bom desempenho de setores como a extração de minerais metálicos, o comércio e o ramo alimentício.
Na avaliação regional, as maiores altas ficaram concentradas nas regiões Nordeste e Norte, influenciadas por avanços no mercado livre e por temperaturas acima da média registrada no mesmo período do ano passado, cenário que aumenta o uso de equipamentos de refrigeração, como o ar-condicionado. Destaque para o Maranhão (41,7%), Amazonas (12,3%) e Acre (11,6%).
Enquanto isso, Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre de 2023 com baixas. Nos estados onde a demanda por eletricidade foi menor, sem considerar a exportação, a CCEE destaca MS (-7%), o Rio Grande do Norte (-1%) e Pernambuco (-2%), todos afetados por volumes maiores de chuva no primeiro trimestre, e Pernambuco, adicionalmente, impactado pela queda no consumo do mercado livre.